quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Ação mais importante.

 Um dia, um advogado famoso foi entrevistado. Entre tantas questões, lhe perguntaram o que de mais importante fizera em sua vida.

        No momento, ele falou a respeito do seu trabalho com celebridades.

        Mais tarde, penetrando as profundezas de suas recordações, relatou: O mais importante que já fiz em minha vida ocorreu no dia 8 de outubro de 1990.

        Estava jogando golfe com um ex-colega e amigo que há muito não via.

        Conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um. Ele contou-me que sua esposa acabara de ter um bebê.


        Estávamos ainda jogando, quando o pai do meu amigo chegou e lhe disse que o bebê tivera um problema respiratório e fora levado às pressas ao hospital.

        Apressado, largando tudo, meu amigo entrou no carro de seu pai e se foi.

        Fiquei ali, sem saber o que deveria fazer. Seguir meu amigo ao hospital? Mas eu não poderia auxiliar em nada a criança, que estaria muito bem cuidada por médicos e enfermeiras.


        Nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.

        Ir até o hospital e oferecer meu apoio moral? Talvez. Contudo, tanto meu amigo como a sua esposa tinham famílias numerosas.


        Sem dúvida, eles estariam rodeados de familiares e de muitos amigos a lhes oferecer apoio e conforto, acontecesse o que fosse.

        A única coisa que eu iria fazer no hospital era atrapalhar. Decidi que iria para minha casa.

        Quando dei a partida no carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu veículo aberto. E com as chaves na ignição, estacionado junto às quadras de tênis.

        Decidi, então, fechar o seu carro e levar as chaves até o hospital.

        Como imaginara, a sala de espera estava repleta de familiares. Entrei sem fazer ruído e fiquei parado à porta.


        Não sabia se deveria entregar as chaves ou conversar com meu amigo.

        Nisso, um médico chegou, se aproximou do casal e comunicou a morte do bebê. Eles se abraçaram, chorando.

        O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança.

        Eles ficaram de pé e se encaminharam para a porta. Ao me ver, aquela mãe me abraçou e começou a chorar.

        Meu amigo se refugiou em meus braços e me disse: “Muito obrigado por estar aqui!”

        Durante o resto da manhã, fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurando seu bebê, e se despedindo dele.

        Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida!

*  *  *
        A vida pode mudar em um instante.

        Podemos fazer planos e imaginar nosso futuro. Mas ao acordarmos pela manhã, esquecemos que esse futuro pode se alterar em um piscar de olhos.

        Esquecemos que podemos perder o emprego, sofrer uma doença, cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas. Por isso, entre as tantas coisas que nos tomam as horas todos os dias, não esqueçamos de eleger um tempo para umas férias, passar um dia festivo com a família.

        Uma hora para estar com as crianças, ler para elas, participar de uma festa na escola.

        E, naturalmente, guardar um tempo para cultivar amizades.


Equipe de Redação do Momento Espírita com
base em texto sem menção a autor, intitulado
“Lição de vida”.

sábado, 20 de agosto de 2011

Escola para Pais 2011 começa com palestra sobre bullying

O primeiro encontro do projeto Escola para Pais 2011 teve como tema o combate ao bullying. A professora da rede de ensino do Recife, Enivalda Vieira dos Santos Rezende, ministrou palestra sobre esse problema presente no ambiente escolar para as 100 famílias selecionadas pela Prefeitura do Recife por meio dos programas municipais Escola que Protege e Bolsa Escola. O projeto é uma promoção da 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital e do Centro de Referência Interprofissional na Atenção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência da Capital, setor interprofissional das Varas dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente.

A palestra ocorreu no auditório Oscar Pereira, no Centro Integrado da Infância e da Juventude, localizado na Rua João Fernandes Vieira, Boa Vista. Até dezembro, as mesmas 100 famílias vão participar de mais nove encontros com outros temas ligados ao combate da violência cometida contra crianças e adolescentes.

A abertura da edição 2011 do projeto foi prestigiada pelo coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos Figueiredo. “Graças à parceria entre o Tribunal e a Prefeitura do Recife, estamos realizando essa série de encontros para promover o direito das crianças e adolescentes e a mudança no comportamento dos pais para lutar contra todas as formas de violência”, afirmou o magistrado para as famílias.

O juiz José Renato Bizerra, titular da 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital, também conversou com os pais e mães presentes. “Punir os pais agressores não pode ser a única forma de combater a violência. A prevenção é necessária. Desejamos evitar a violência no ambiente familiar com esses encontros, conscientizando pais e mães sobre a importância do diálogo e da união”, argumentou.

O projeto Escola para Pais - Responsabilização e Educação dos Agressores promove a inclusão social de famílias de baixa renda com crianças e adolescentes com histórico de violência familiar e evasão escolar, por meio de atividades educativas que visam à mudança de comportamento dos pais agressores. Iniciado em 2009, o projeto recebe apoio da Prefeitura do Recife, por meio das Secretarias de Educação e Saúde, Direitos Humanos e Segurança Cidadã. Também são parceiros os Conselhos Tutelares, as escolas da rede municipal e o Ministério Público de Pernambuco.

Nos próximos nove encontros, serão ministradas palestras com temas que auxiliem os pais a entender o fenômeno da violência, os direitos da criança e do adolescente e a educar os filhos sem o uso de violência. Especialistas no universo infanto-juvenil abordarão as causas, tipos, conseqüências da violência sofrida e também praticada por crianças e adolescentes no ambiente familiar e escolar, os programas e instituições que contribuem para o enfrentamento desse problema social.

No dia 15 de dezembro, as famílias com 75% de freqüência nas atividades receberão certificado de participação na cerimônia de encerramento. Os demais encontros ocorrerão nos dias 31 de agosto, 16 e 28 de setembro, 20 e 26 de outubro, 18 e 23 de novembro, 7 e 15 de dezembro.

Prestigiaram o primeiro encontro do Escola para Pais – 2011 a promotora da 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital, Giani Maria do Monte Santos Rodolfo de Melo, a coordenadora do Programa Escola que Protege, Luiza Mendonça e representantes da Prefeitura do Recife, da Defensoria Pública e da GPCA.


http://www.tjpe.jus.br/noticias_ascomSY/ver_noticia.asp?id=7668 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

OAB diz que bacharel diplomado é advogado!

Por Oduvaldo G. Oliveira,
jornalista, reg. nº 1659, de Rondonópolis/MT.

Nas últimas semanas o meio jurídico e, principalmente, os bacharéis em
Direito, andam bem agitados.

O chamado Exame de Ordem, que a OAB impõe aos bacharéis para poderem advogar, será julgado pelo STF, agora no segundo semestre. É um fato importante porque são quase 800 mil bacharéis com diplomas reconhecidos pelo MEC, que querem trabalhar.

A possibilidade de extinção do exame ficou bastante real depois que o Ministério Público Federal encaminhou parecer ao STF, considerando que a exigência da OAB é inconstitucional. Mas, como não tem conseguido demonstrar que o MPF está errado, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante decidiu desqualificar os bacharéis, para justificar o famigerado exame.

E a mais recente pérola publicada no site do Conselho Federal da OAB, proferida por seu presidente, mostra que, verdadeiramente, a entidade precisa rever as suas estratégias! Querendo “esclarecer” os que dizem que o exame de ordem não qualifica coisa nenhuma, ele declarou: "não se pode compreender que o simples fato de se matricular em um curso de bacharelado já confere aptidão a qualquer pessoa para ser advogado”.

Com isso Ophir quer dizer que o curso de Direito forma bacharéis e não advogados e quer nos induzir a pensar que o diploma não dá aptidão para advogar.

Mas ao dizer isso, ele nega o Código de Ética da OAB, que estabelece, no artigo 29, parágrafo 1º: "títulos ou qualificações profissionais são os relativos à profissão de advogado, conferidos por universidades ou instituições de ensino superior, reconhecidas.”

O presidente Ophir esquece também o Provimento nº 94/2000, da OAB, que diz em seu artigo 2º, letra “e”: e) o diploma de bacharel em direito, títulos acadêmicos e qualificações profissionais obtidos em estabelecimentos reconhecidos, relativos à profissão de advogado. (...).

Estes dois artigos determinam como o advogado deve fazer a publicidade dos seus serviços. Isto é, diz que pode expor o seu diploma relativo à profissão de advogado, comprovando para os clientes que é devidamente qualificado para exercer a profissão.

De fato, como o presidente da Ordem diz "...o simples fato de se matricular em um curso de bacharelado não confere aptidão a qualquer pessoa para ser advogado”!

É preciso que essa pessoa, além de se matricular, termine o curso e apresente o “título ou qualificação profissional (...) relativo à profissão de advogado, conferido por universidade ou instituição de ensino superior, reconhecida”, como bem orienta o Código de Ética da OAB!

Diante disso, não há dúvida de que, para a OAB, o bacharel com diploma reconhecido pelo MEC é sim, um advogado.

oduvaldogama@oi.com.br

Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 15/08/2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Cecília está grávida e com AIDS

A bonequinha de Insensato Coração se dá mal

Atenção meus amigos homens: Esta matéria foi feita especificamente para as mulheres. Se você quiser ler, que leia, não tem problema mas é muito específico para reflexões femininas, principalmente para as filhas adolescentes.

Observação inicial: A novela não chegou ao final e ainda não foi confirmada a questão da doença da menina, mas desenvolvo o artigo, independente do seu final, devido a gravidade do tema, já que creio que a abordagem terá valido a pena, qualquer que seja o final. 

Vejo uma grande necessidade de comentar algo que é visto, diariamente, por mais de 130 milhões de brasileiros, embora muitos outros não gostem de assistir novela alguma.
A novela “Insensato Coração”, da Globo.
Mas, Alamar, você vem agora falar de novela?
Venho sim. Acho que não posso ficar aqui na postura do cidadão que simplesmente diz “não gosto de novela”, ignorando um fato que é visto pela gigantesca maioria do povo brasileiro. Seria querer enganar a mim mesmo.
O assunto que trato é sério e a novela trouxe um personagem, que serve como inspiração, porque é o retrato do que acontece com muitas meninas novas, adolescentes, na casa de muita gente e, talvez, na de muitos leitores.
Milhões de menininhas praticam verdadeiras burrices, muitas vezes até para pirraçar os seus próprios pais, principalmente à mãe, e, por conta dessas burrices, terminam por quebrar a cara e, em muitos casos, entrando por caminhos sem volta.
Quero falar diretamente para elas.
Provavelmente aí na sua casa não tem nenhuma menina fazendo besteiras, mas, com certeza, você conhece muitas outras jovens que precisam ler isto que está escrito aqui. Tenho certeza de que muitas mães vão achar interessante mostrar este artigo para as suas filhas.

A história da Cecília

Preste bem atenção neste email, que o assunto é contigo mesma.
A Cecília, personagem de Insensato Coração, interpretada pela talentosa Giovana Lancelotti, essa menininha linda da foto ao lado, engravidou-se de um canalha e, o que é pior: foi contaminada com o vírus da AIDS, por ele, o que estão dizendo, embora a novela não confirmou.
Por que aconteceu isto com ela?
Por azar? Por acidente? Por acaso?
Não. Aconteceu por burrice.
Mas... por que burrice?
Já que sabemos que 130 milhões de pessoas assistem a novela, inclusive alguns milhares dos meus amigos leitores, vamos rever a história da menina.
Ela namorava um rapaz, o Rafa, que, apesar de ser filho de um canalha, nada tinha a ver com o comportamento do pai bandido e, muito pelo contrário, é possuidor de bons princípios e honestidade. Já havia uma boa relação mais íntima de adolescentes namorados, inclusive fazendo sexo.
Certo dia o Vinícius, um outro colega de faculdade, desprovido de argumentos para conquistar meninas com atos dignos, como um bandido bem canalha, entrou num processo de obsessão para “possuí-la” a qualquer custo.
Possuí-la como, Alamar?
Para usar a linguagem bem popular, que todo mundo entende: para comê-la mesmo, conforme é o interesse de muitos homens, em relação às mulheres, nessa estúpida sociedade machista.
Como muitas meninas, a Cecília transava com o seu namorado, o Rafa, na casa dele.
Ocorreu que o Vinícius, para desestabilizar a boa relação do casalzinho, bolou uma chantagem terrível: Instalou uma câmera no quarto do Rafa, sem que ele soubesse, e conseguiu filmar os dois mantendo relações sexuais, para depois colocar as imagens na internet, o que virou um escândalo.
O canalha fez de uma forma que todo mundo, principalmente a garota, viessem a entender que o Rafa fora o autor do estúpido ato.
A Cecília entrou em processo de desespero, como toda jovem entraria, em ver sua imagem, fazendo sexo, sendo mostrada pela internet, terminou com o namorado, encheu-se de raiva e ódio dele, recusou-se a ouvi-lo e não lhe deu o direito de defesa.
É aí que se instala o problema maior que virá depois, essas raivas e esses ódios precipitados.
Com raiva do namorado, certamente desejosa de “sacaneá-lo”, resolveu namorar com outro, rapidamente, sem a menor preocupação em saber com quem, e terminou se entregando para o primeiro pilantra que apareceu à sua frente, exatamente o Vinícius, o bandido autor da sujeira.
Resultado:
O vagabundo apressou-se em completar o seu projeto, a envolveu em conversas bonitas, a fez beber até embriagar-se e daí não teve dificuldade nenhuma em levá-la para a cama e fazer o que queria.
Tempos depois ela veio a descobrir que o Rafa, aquele que ela realmente gostava, um rapaz de bom caráter, não fora o autor da safadeza e não teve culpa nenhuma com a traumatizante filmagem.
Morta de arrependimento pela merda que fez, conclusões precipitadas, terminou voltando com ele, retomando um namoro tranqüilo.
Mas... depois ela descobre que está grávida do Vinícius, com o qual se envolveu e, para piorar, contaminada pelo vírus da AIDS.
Coitadinha!!!!
Todo mundo fica com pena da Cecília, uma menininha tão novinha, tão linda, tão meiga, e pergunta: como é que pode passar por uma situação desta?

Quero conversar com a menininha adolescente

Com base nesta história da novela, que é coisa que acontece todos os dias na vida real, eu quero falar com você de uma forma talvez diferente do que você tem ouvido, enfocando algumas burrices que muitas meninas fazem, sem quererem admitir que estão fazendo burrices.
Eu tenho estudado sobre a mulher, há muito tempo, principalmente a fase quando ela começa a namorar, tendo escrito o meu livro “Mulher, só é boba quem quer”, que, segundo as leitoras, as ajudaram muito a rever conceitos e até a mudar muita coisa em suas vidas.
Muitas me relatam coisas assim:
- “O seu livro me fez morrer de vergonha de mim mesma, porque eu consegui perceber a quantidade de burrices que eu já fiz e que continuo a fazer, cuja maior vítima sou eu mesma. Mexeu com a minha cabeça e com certeza não serei a mesma e passarei a me amar mais.”.
Depoimentos como este você vai ver no link do meu site, http://www.redevisao.net/default.php?page=depomulher  
Vamos falar dessas burrices?
Eu sei que você, certamente, não está inserida neste universo de mulheres burras, mas tenho certeza de que você tem muitas amigas que estão praticando as maiores burrices do mundo, estão se dando mal, como é o caso da Cecília, muitas vezes entrando por caminhos sem volta.
- “Será que é algum paizão que vem aí com aquele mesmo papo, de me prevenir para eu não usar droga, porque droga é perigosa? Que saco, isto eu já sei, já ouvi um montão de gente dizer a mesma coisa, inclusive a chata da minha mãe.”
O papo não é este, embora este assunto deva, sim, ser falado repetidas vezes, para lembrar sempre e evitar vacilos. Eu quero falar de namoro mesmo, coisa que a maioria das pessoas não sabe fazer, inclusive os adultos, viu?
Você sabia que tem muitos casais casados, homens e mulheres, que tem até filhos, mas não sabem namorar?
Talvez você tenha dado uma risada agora, dizendo:
- “Esse aí pirou de vez. Como é que pode alguém dizer que um casal que teve até filhos não sabe namorar?”
É isto mesmo, menininha. Pode tirar da sua cabeça a idéia de que o fato de um homem fazer um filho numa mulher, significa necessariamente saber namorar. Saiba, inclusive, que muitos maridos estupram as suas esposas. Já ouviu falar nisto? Pois é, né? Mas é verdade e não são poucos não, são bilhões, no mundo.
A merda toda, minha amiga, é que as pessoas não sabem quando e nem como começar a namorar. E quando começam, não sabem como escolher, como avaliar a companhia e nem o que fazer, quando namoram.
Pra começar, vamos ver o primeiro erro que, tenho certeza, você não faz, mas muitas amigas suas fazem:

Como escolher um rapaz para namorar

Sinceramente, sem frescura, sem palhaçada e com muita sinceridade, me responda:
Quais são os fatores fundamentais que uma menina leva em consideração para começar a namorar um rapaz?
Que ele seja bonito, malhado, olhos bonitos, barriga tanquinho, pernas, bunda bonita, certas coisas grandes... etc. Algumas querem que ele tenha carro, outras querem que seja de “boa” família... na realidade não é bem boa família que querem, e sim família que tenha dinheiro... e exigências apenas materialistas.
Está certo?
Não. Está errado. Isto é coisa de menina burra.
Os fatores fundamentais que uma pessoa deve levar em conta, muito acima da beleza física, é o caráter, a dignidade, a honestidade, a sensibilidade, o afeto, o nível espiritual... enfim, é a CABEÇA!
Já dizia um filósofo antigo: “Os homens comuns, aqueles que a gente vê aos montes aí pela rua, são medidos do pé à cabeça, mas os grandes homens, os homens especiais, são medidos da cabeça para cima”.
Mulher que não é burra deve fazer isto e eu tenho certeza de que você vai saber ensinar isto para muitas amigas suas.
- “Ah, você está viajando muito. Como é que eu vou saber se o homem é sensível, afetuoso e que tem bom nível espiritual, sem namorar com ele?”
Aí que está a burrice, amiga.
Por que tem que namorar, para avaliar o caráter da pessoa? Muito pelo contrário, quando namora, movida por paixão, a pessoa fica cega e não consegue enxergar quem o outro realmente é.
Seja só uma amiga, primeiro, trate-o bem e bote a sua inteligência para observar tudo, sem cometer a burrice de ficar cega, fingir que não vê as merdas que ele fala e faz, só porque é bonitinho e você se deixou cegar por atração física.
Não vá na onda dessa cultura idiota que diz que você tem que ter um “namorado fixo”, um “namoro sério”, porque de seriedade não tem nada. Mesmo sentindo alguma coisa pelo cara, não tem necessidade de se vincular nessa falsa seriedade da relação, tendo que ser propriedade exclusiva dele.
Não se deixe envolver por aquela burrice que a maioria das pessoas chama de amor, porque aquilo nada tem a ver com amor, que é aquele papo furado de “me encantei logo à primeira vista”, “pintou um clima”, “rolou logo uma química”.
Papo furado. Se rolou uma química, procure saber quais os componentes da tabela periódica dessa química: enxofre, coliformes fecais e lama.
O tal “amor à primeira vista”, que as pessoas dizem, só ocorre quando a pessoa é bonitinha, tem grana ou fama.
Percebeu a quantidade de louras lindas que aparecem dizendo que sentiram “amor” à primeira vista por jogadores de futebol horrorosos, fisicamente, porém cheios da grana?
Você já ouviu alguma menina dizer que sentiu amor à primeira vista por um homem de mais idade, pobre, meio adoentado, sem grana, com problema na perna, vista ruim e sem carro?
Duvido que você tenha visto. Da mesma forma que rapaz nenhum identifica amor à primeira vista em relação a senhoras nas mesmas situações.
O verdadeiro sentimento de Amor acontece por afinidades profundas, sintonia de ideais e de princípios e componentes de ordem espiritual. Fora disto é PAIXÃO, um dos mais perigosos e terríveis sentimentos que a pessoa pode ter.
Todo namoro tem que começar pela CABEÇA e não pelo físico.
Mas estes são detalhes que fariam o artigo ficar muito grande, como o livro. Vamos voltar a falar da Cecília, da novela.

Ficar bêbada é burrice

Aliás, não é apenas burrice, é o máximo da estupidez que uma mulher pode fazer para com ela mesma, é passar um atestado de anta e de imbecil para si própria.
Muita adolescente tem a mania de viver em conflito com a sua própria mãe, fica com raiva de tudo o que a mãe diz, acha que a mãe não tem condições de lhe dar orientação nenhuma, enfim, passa a ter a convicção de que mãe é uma besta quadrada, que não sabe nada e, porque foi educada em tempos passados, está ultrapassada e desinformada de tudo.
Vamos pensar aqui um pouquinho?
Que existe muita mãe chata e burra, que fala um monte de merda e que até é chantagista, isto é fato e eu concordo contigo. Mas daí a jovem apelar, generalizar e conceber a sua própria, necessariamente como chata, burra e que não sabe nada, há uma diferença muito grande.
Muita menina bebe para pirraçar a própria mãe, ou o pai, achando que com isto estão desabafando e fazendo o que deve ser feito, quando na realidade, além de estar se submetendo ao ridículo está se auto-agredindo, em atitude masoquista e que sempre traz conseqüências danosas, mais cedo ou mais tarde.
Mas essa burrice se caracteriza muito, também, quando ela fica bêbada e sai com qualquer um, achando que está sacaneando o ex-namorado. Foi o caso de Cecília, um dos maiores recursos de burrice que a menina pode praticar.
Mesmo que tivesse sido o Rafa, o autor da filmagem que foi parar na internet, ela jamais deveria ter feito uma coisa daquela, porque qualquer ser humano que se agride, se maltrata e se fere por causa de uma outra pessoa, seja ela quem for, é burra ao extremo, é idiota e é imbecil de marca maior.
Uma pessoa que não se ama não é digna de merecer o amor de ninguém.  
Quando uma menina opta por tomar bebida alcoólica, ela está assumindo todos os riscos de ser usada e abusada, à vontade, por qualquer um, porque perde os seus sentidos, os seus controles, os seus domínios e qualquer senso de responsabilidade para consigo mesma.
Indiretamente está dizendo para si mesma:
  • - “Não tem problema nenhum se eu transar com qualquer vagabundo”.
  • - “Não tem problema nenhum se um pilantra qualquer me engravidar ou até transmitir doenças incuráveis para mim”.
  • - “Não tem problema nenhum se eu for possuída por dois ou mais homens ao mesmo tempo”.
  • - “Não tem problema nenhum se derem sumiço em mim.”
Depois vai querer chorar? Vai querer apoio das amigas no “momento mais difícil”?
Porrrra, é muita burrice uma menina chegar a ponto de se embriagar.
E ainda tem muita jovem que conta para as amigas, que foi para a balada e ficou bêbada. O pior é que conta, rindo. Não sei do que ela ri, mas ri, como se fosse uma hiena que come merda e ri.

Vamos refletir

“Me decepcionei com Fulano, não esperava que ele fizesse uma coisa desta”.
Se você convive com uma pessoa há tanto tempo, a conhece bem, sabe dos seus gostos, do seu estilo de vida, dos seus princípios e do que ele gosta e do que não gosta, como pode dar credibilidade a informação que lhe chega assim, de repente, que contraria tudo aquilo que você testemunhou, admitindo logo como verdade?
É a burrice que eu venho falando no artigo, o tempo todo.
Será que você, que assiste novelas e filmes repetidas vezes, vendo inúmeros personagens bandidos aplicando golpes, boicotes, sabotagens e chantagens em pessoas dignas, não tem inteligência o suficiente para entender que tudo isto acontece na vida real?
O que custa botar essa porcaria dessa sua cabeça pra funcionar e fazer, você mesma, uma averiguação profunda do caso e tentar apurar as VERDADES VERDADEIRAS dos fatos?
Não é preciso ter curso de detetive, basta ter inteligência, calma, tranqüilidade e jamais se deixar levar por decisões precipitadas.
Este alerta não vale só para menininhas não, vale para muitas mulheres que só deixaram amadurecer os seus corpos e não as suas mentes.
Brigar e terminar uma relação só porque viu o seu namorado abraçando e beijando uma outra pessoa, sem procurar o que de fato existe ali, é de uma burrice astronômica.
- “Ah, ele não me respeita, não deveria fazer uma coisa desta”.
Quem não se respeita é você mesma, que deveria dar espaço para funcionar a inteligência, se é que tem alguma.
Por que a sua cabeça só entende as coisas pelo lado negativo?
Quando você opta por um rigor excessivo, achando que está sendo firme e decidida e que está dando uma dura nele, “do jeito que ele merece”, muito pelo contrário, você está sendo rigorosa e sendo exigente é para consigo mesma porque, com certeza, essa sua frescura vai se traduzir como sofrimento para si mesma.
Quantas e quantas mulheres, tempos depois, não vieram a dizer:
- “Se arrependimento matasse, eu estaria morta. Perdi a cabeça, perdi o controle e fui dura sem necessidade. Me precipitei demais”.
 Eu sei que existe homem canalha, e existe muito mesmo, mas a generalização é a expressão da burrice explícita.
Assim como a Cecília se precipitou, na novela, rompendo um namoro, sem manter a calma para saber o que de fato aconteceu, se entregando a um vagabundo pilantra, se dando mal depois, muitas meninas e mulheres maduras continuam a fazer exatamente a mesma coisa, e se lascando depois.
Precipitação é masoquismo, é auto-mutilação, é subestimação à sua própria inteligência, é demonstração de que na cabeça tem coliformes fecais e não cérebro.
Vixiii, tenho que terminar porque o artigo ta ficando grande demais. Este assunto dá livro.
Espero que muita menininha tenha refletido no caso da Cecília e não fique aí achando que certas coisas só acontecem em novela.

Beijãoooo.   

 Alamar Régis Carvalho
 www.alamarregis.com

Promotor responde por dano moral em razão de entrevista sobre processo sigiloso

O representante do Ministério Público (MP) que promove a divulgação televisiva de fatos e circunstâncias que envolveram pessoas em processo que tramita em segredo de justiça deve responder a ação por danos morais.

Para os ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesses casos, o membro do MP extrapola os limites de sua atuação profissional e tem, por isso, responsabilidade solidária com a emissora.

A Turma manteve decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que confirmou a condenação solidária de um promotor, da Fazenda do Estado de São Paulo e da TV Ômega (Rede TV!) ao pagamento de R$ 50 mil como ressarcimento por danos morais a um cidadão. A decisão foi dada no julgamento de recurso especial apresentado pelo promotor.

Acusado do crime de abandono material (deixar de pagar alimentos à mãe idosa), o cidadão chegou a ser preso, mas, posteriormente, foi inocentado. Embora haja previsão legal de sigilo nesse tipo de processo, o promotor participou da divulgação do caso em programa de TV. Por isso, o cidadão ajuizou ação de indenização e acusou o promotor de ultrapassar os limites de suas atribuições legais ao levar a público, principalmente pela via televisiva, questões judiciais protegidas pelo segredo de justiça.

Proteção ao idoso

No recurso ao STJ, o promotor afirmou que, “assim como o juiz de Direito, conquanto possam ser responsabilizados pelos atos cometidos com dolo ou culpa no exercício das suas funções, os promotores não podem figurar no polo passivo da ação ordinária de indenização movida pelo ofendido, ainda que em litisconsórcio passivo ao lado da Fazenda Pública”.

O promotor contou que, na época dos fatos, exercia sua função no Grupo de Atuação Especial de Proteção ao Idoso (Gaepi) e, portanto, na qualidade de agente político estaria “a salvo de responsabilização civil por seus eventuais erros de atuação, a menos que tenha agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder”. O promotor também alegou cerceamento de defesa e pediu, caso fosse mantida a condenação, a redução do valor da indenização para um terço do seu salário.

Sigilo legal

O relator do recurso, ministro João Otávio de Noronha, entendeu que tanto o juiz quanto o tribunal estadual decidiram de maneira fundamentada e não desrespeitaram a Lei Orgânica do Ministério Público. O ministro entende que o caso é de quebra de sigilo legal pelo representante do MP estadual. Para ele, chegar a uma conclusão diversa exigiria reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ em julgamento de recurso especial.

O TJSP ponderou que a televisão não constitui meio nem instrumento da atuação funcional do promotor, de quem se espera que não dê publicidade aos casos e processos em que atua, menos ainda em questão que envolve segredo de justiça. “O promotor e o meio televisivo não agiram com o intuito de informar, mas de causar sensacionalismo com a devassa sobre aspectos da intimidade de uma família, que jamais deveriam ter sido divulgados”, afirmou o tribunal.

O acórdão do TJSP concluiu que o representante do MP causou danos à imagem do cidadão, não pela sua atuação institucional, mas por dar publicidade dos fatos à imprensa: “Os danos morais ocorridos não decorreram das atividades institucionais do Ministério Público.” Para o tribunal, o fato de o cidadão se ver “enredado em cena de cunho constrangedor, reproduzida em programa de televisão, causou a ele situações embaraçosas e consequências negativas para o meio social em que vive”.

Quanto à redução do valor da indenização, o ministro relator considerou que não se trata de quantia exorbitante, o que impede a revisão pelo STJ. A execução provisória da condenação estava em andamento e havia sido suspensa por uma liminar concedida pelo ministro Noronha em abril de 2009. Com a decisão, a liminar foi cassada.

Fonte: STJ

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

V FORUM DE DIREITO PENAL E PSICOLOGIA CRIMINAL

Caruaru, será sede de um evento que reunirá nomes de reconhecimento nacional e internacional, que estarão discutindo  e explanando grandes temas concernentes a área de Direito Penal e da Psicologia Criminal .Esta cidade receberá  Dr. Edilson Mougenot Bonfim , o grande promotor do caso “ maníaco do parque “ , assim como Dr. Edson Moreira , o delegado do “ Caso Bruno” , que tem como protagonista o famoso jogador que foi ídolo de milhares de brasileiros. O que realmente aconteceu com Elisa Samúdio? Como foi procedida  essa  investigação? Crime bárbaro que abalou o país. A psicologia e o direito são ciências que juntas servem a justiça e esclarecem crimes, estudando a mente de grandes criminosos e psicopatas.

CIDADE : CARUARU / PE
DIAS : 23 E 24 DE SETEMBRO
LOCAL : TEATRO DO SHOPPING DIFUSORA
20 HS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Programação:

DIA 23 DE SETEMBRO

CREDENCIAMENTO :  8:00H

8:30 / 10:00H - PALESTRA COM DR. DMITRI AMORIM
TEMA: CRIME E LOUCURA

10:30 / 11:00H – TIRA DÚVIDAS DA PLATEIA COM DR. DMITRI AMORIM

11:00 / 12:00H - PALESTRA COM DRA. LINDAIR ARAÚJO
TEMA: PSICOLOGIA , UMA CIÊNCIA PARA UMA JUSTIÇA DE QUALIDADE

12:00 / 12:20H – TIRA DUVIDAS COM DRA. LINDAIR

14:00 / 16:00H - PALESTRA COM DR. EDSON MOREIRA
TEMA: CRIME E VIOLÊNCIA CONTRA ELISA SAMÚDIO (CASO BRUNO)

15:00 / 15:15H – COFFEE BREAK

15:20H – RETORNO A PALESTRA

16:00 / 16:30H – TIRA DÚVIDAS COM DR. EDSON MOREIRA

16:30 / 17:30H – PALESTRA COM DRA. MARIANA TAVARES
TEMA : PSICOLOGIA CRIMINAL , CRISE ÉTICA E EXPECTATIVAS DE JUSTIÇA NO BRASIL

17:30 / 17:50 – TIRA DÚVIDAS COM DRA. MARIANA TAVARES


DIA 24 DE SETEMBRO

CREDENCIAMENTO :  7:30H

8:00 / 11:00H – PALESTRA COM DRA. MERCES MURIBECA.
TEMA: AUTORES DE CRIMES PERVERSOS E A PSICOLOGIA INVESTIGATIVA CRIMINAL

11:00 / 11:30H – TIRA DÚVIDAS COM DRA. MERCES MURIBECA

13:00 /14:00H – PALESTRA COM  DR. CRISTOVÃO GOES
TEMA: O CRIME ORGANIZADO E SUA ATUAÇÃO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

14:00/14:15H – TIRA DUVIDAS COM DR. CRISTOVÃO GOES

14:20 / 17:00H – PALESTRA COM DR. MOUGENOT BONFIM
TEMA : O SERIAL KILLER E O JULGAMENTO PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

15:30 / 15:40H - COFFEE BREAK E RETORNO A PALESTRA

17:00 / 17:30H – TIRA DUVIDAS COM DR. MOUGENOT BONFIM

18:00H – ENCERRAMENTO E SORTEIO DE BRINDES.








Fonte Jurídica...


Ementa: danos Morais. Transporte inadequado. Ausência de Ofensa à Dignidade Humana


Lei n.º 14.554, 21 de dezembro de 2009.


Perdão


Velhas Recordações, Velhas Doenças


 “Por não recordarmos que o perdão a nós mesmos e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, é que não deixamos o passado fluir, não desenvolvendo renovação, mas sim, enfermidades e abatimentos.”
 
“Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente." 

                                                                              Hammed

Ortopedista e hospital devem indenizar paciente por erro médico

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aumentou de R$ 5 mil para R$ 50 mil o valor da indenização devida a paciente que sofreu uma série de transtornos decorrentes de erro médico cometido em cirurgia. O hospital e o médico ortopedista responsáveis devem compensar a paciente por danos morais.

Segundo o ministro Raul Araújo, relator de recurso especial sobre o caso, a negligência do médico no pós-operatório ficou demonstrada no processo e foi reconhecida pelas instâncias inferiores. O ortopedista, de acordo com as conclusões do processo, abandonou a paciente após a cirurgia e isso foi decisivo para o insucesso do procedimento.

A vítima fraturou o fêmur direito em acidente de trabalho e foi submetida a cirurgia em setembro de 2002. Em novembro do mesmo ano, o médico acusado a encaminhou para tratamento fisioterápico, que teve início em janeiro de 2003. O tratamento durou sete meses. Segundo ela, mesmo com o tratamento, as dores permaneceram nas pernas e costas.

Exames radiológicos constataram que houve um encurtamento do membro inferior direito, o que trouxe perturbação psicológica, e com isso a necessidade de passar por tratamento psiquiátrico e tomar remédios fortes. Persistindo as dores, mais exames médicos foram realizados em junho de 2004 por outro especialista em ortopedia, que verificou a necessidade de tratamento cirúrgico emergencial. Isso só ocorreu quatro anos após a primeira cirurgia.

Por todos os danos que sofreu, a paciente recorreu à Justiça pedindo indenização de R$ 300 mil contra o médico e o hospital, por entender que a responsabilidade seria solidária.

O juiz de primeiro grau considerou o pedido parcialmente procedente e condenou os dois acusados a pagar, solidariamente, R$ 50 mil de indenização por danos morais. Ambos apelaram ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), que reduziu o valor da reparação para um décimo da condenação original, ou seja, R$ 5 mil.

Ao analisar o caso, Raul Araújo considerou que o valor do dano moral deve ser arbitrado “de forma proporcional ao fato lesivo, seus efeitos decorrentes, bem como em razão das condições sociais e econômicas das partes e da conduta perpetrada pelo agente”.

Lembrou que o STJ pode revisar o valor da indenização por danos morais quando fixado, na origem, de forma manifestamente elevada ou ínfima. Segundo o relator, diante de tudo o que ocorreu, o valor de R$ 5 mil, por ser ínfimo, justifica o reexame pelo STJ.

De acordo com o ministro, ficou “evidenciada a gravidade dos danos físicos advindos à autora, com encurtamento de perna, realização de nova cirurgia, enxerto ósseo, além dos danos psicológicos de ter se submetido a todo o tratamento e passado a conviver com o problema físico referido. Todas essas circunstâncias evidenciam a necessidade de majoração da verba indenizatória a título de danos morais, que estabeleço no valor de R$ 50 mil”, acrescentou.

Fonte: STJ

Preso no RS faz "memória do cárcere" em perfil do Facebook

Um preso do Presídio Central de Porto Alegre, um dos mais superlotados do país – 4.684 presos para 2.100 vagas – mantinha um perfil do Facebook, atualizado quase que diariamente de dentro de sua cela.

O diretor da unidade, tenente-coronel Leandro Santiago, disse que o presídio não tem bloqueador de celulares após a alternativa ter sido considerada "inviável" por uma análise que concluiu que isso afetaria o sinal do bairro.

"Até parece rave aqui! só falto as gatas (sic)", escreveu em seu perfil o internauta identificado como "German Fox". A mensagem, postada em 17 de julho, é apenas uma da série que compõe uma espécie de um diário virtual do cárcere mesclado com conversas entre amigos – o detento tinha 498 seguidores na rede social.

Detalhes sobre vistorias no presídio, uso de drogas e até reclamações sobre a falta de luz aparecem nas mensagens. "Três dias, meia-hora com luz e 40 min sem! Depois querem que nao coloquem fogo nos colchoes! (sic)" O detento também usa gírias específicas da unidade. "Amanha vo da uma banda de trovão azul...(sic)".

As postagens foram parar nas mãos do juiz da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, Alexandre Pacheco, que fez uma cópia de todo o conteúdo publicado na internet – o perfil saiu do ar na última quarta-feira (3) – e pediu informações sobre o caso.

A diretoria do presídio respondeu: mesmo sem o nome, parte das informações correspondem a um detento preso em março por tráfico de drogas.

"Trovão azul", por exemplo, é a forma como é chamado o ônibus que transporta os presos. O diretor da prisão confirma que o detento foi para uma audiência um dia depois da postagem, levado pelo "trovão".

A falta de luz no presídio também ocorreu no mesmo período da postagem, segundo o diretor.

Há postagens que revelam a espera na prisão: "A cada nascer de sol, mais um passo para a liberdade".

FATO CORRIQUEIRO

Santiago diz que será aberto um procedimento administrativo para investigar o conteúdo e a autoria das postagens. Se ficar provada a autoria, o detento pode sofrer uma sanção disciplinar.

Para o juiz Pacheco, o problema ocorreu devido à facilidade para a entrada de celulares na prisão, o que ele considera "fato corriqueiro" no local.

O diretor da unidade admite que o problema existe e que não sabe como resolver. Segundo ele, só no 1º semestre, foram 894 aparelhos apreendidos.

Ele diz que a maior parte é "arremessada" por cima de um muro que contorna o prisão. Santiago também diz que o presídio já tentou aumentar a altura do muro – hoje com cinco metros – para resolver o problema, sem sucesso. "Fizemos várias tentativas já, mas sempre surge uma brecha".

Folha Online
09/08/2011

Igreja terá que reintegrar empregado cego vítima de dispensa discriminatória

A Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon, recebeu decisão desfavorável da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho em recurso de revista no qual defendia não ter havido discriminação na dispensa de trabalhador que perdeu a visão. Para a Turma, houve relação entre a despedida do trabalhador e o fato de ele ter ficado cego, configurando-se ato discriminatório a sua demissão.

Contratado em junho de 1992 como coordenador pedagógico de uma das filiais da instituição, localizada na cidade de Valparaízo (GO), o trabalhador exercia atividades de análise de material didático, correções de provas, leitura de mensagens religiosas, visitação domiciliar a membros, acompanhamento de missionários e viagens. Todavia, em dezembro de 2007, quando estava em férias com a família, sua filha, brincando com uma espingarda de chumbinho, acidentalmente disparou a arma em direção ao pai. O projétil atingiu-lhe os olhos, causando-lhe cegueira permanente.

Na época, segundo a associação, foi dada toda assistência ao empregado, inclusive material. Em abril de 2008, após o período de recuperação, ele tentou retornar ao trabalho, mas a empregadora explicou-lhe que, em razão das limitações decorrentes da perda da visão, não poderia reintegrá-lo. Foi-lhe oferecida então a possibilidade de reintegração ao trabalho na cidade do Recife (PE), com vaga compatível com suas limitações, mas ele não aceitou, alegando estar sob tratamento médico e cursando pós-graduação.

Se para o empregador não havia alternativa senão rescindir o contato de trabalho, para o trabalhador também não restava alternativa a não ser ajuizar ação trabalhista contra a associação. Segundo ele, a associação não queria ter dificuldades para remanejá-lo na filial em Valparaízo, portanto sua dispensa foi arbitrária e discriminatória e seu direito violado, pois o artigo 7º, inciso XXXI, da Constituição proíbe qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. Por esses motivos, deveria ser reintegrado ao trabalho.

Com decisão favorável ao trabalhador, a empresa levou o caso ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), declarando seu inconformismo com a sentença, já que o contrato foi rescindido sem justo motivo e foram pagos todos os direitos decorrentes da decisão imotivada e ainda concedida uma indenização espontânea de R$ 55 mil. Mais: que não houve ato discriminatório. A associação sustentou que apenas usou o seu direito potestativo (direito assegurado ao empregador de despedir um empregado), e que não há garantia legal de estabilidade no emprego em razão de deficiência visual adquirida em acidente fora do ambiente de trabalho. A igreja pediu a exclusão da reintegração do trabalhador.

Mas, para o Regional, o poder potestativo do empregador encontra limites na lei, e o oferecimento ao empregado de uma vaga no Recife demonstrou ação maliciosa para justificar sua dispensa. Dessa forma, declarou configurada a abusividade da demissão e determinou a reintegração do empregado por ter sido discriminado.

O processo chegou ao TST, e o relator, ministro Alberto Luiz Bresciani, disse em seu voto que a igreja não trouxe nenhuma divergência ou interpretação diversa da que foi dada pelo TRT/GO. Ressaltou que o Regional não analisou o tema sob o aspecto da existência de estabilidade provisória de portador de deficiência visual, e sim se a dispensa foi ou não discriminatória. Ainda, que a parte não comprovou as alegações em sentido contrário, ou seja, de que não houve ato discriminatório. Manteve-se então a decisão do regional.

O fato repercutiu na sessão. “A função de coordenador pedagógico não é totalmente incompatível com a cegueira, e temos hoje até mesmo juízes cegos, exercendo suas atividades plenamente”, disse o presidente da Turma, ministro Horácio Raymundo de Senna Pires. “Mas, se lhe foi oferecida vaga semelhante no Recife, por que não reintegrá-lo em Valparaízo?”, indagou.

A ministra Rosa Maria Weber, revisora, lamentou a tragédia, e disse que, segundo os fatos, a situação parece discriminatória e a interpretação dos textos legais autoriza a conclusão a que chegou o TRT goiano. 


http://atualjur.blogspot.com/2011/08/igreja-tera-que-reintegrar-empregado.html