quarta-feira, 17 de março de 2010

TJ nega pedido para adiar julgamento de casal Nardoni

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) divulgou que rejeitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do casal Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá para suspender o julgamento dos réus, marcado para o dia 22 de março. A decisão é do desembargador Luís Soares de Mello.

Entre os pedidos negados pelo desembargador está o "reexame, com luzes forenses, do local dos fatos e dos lençóis das camas dos irmãos da vítima". O júri popular ocorrerá a partir das 13 horas no Fórum de Santana, na zona norte da capital paulista. Entre as 24 testemunhas, 20 são de defesa e quatro de acusação.
O casal é acusado de matar a menina Isabella Nardoni em março de 2008, em São Paulo. Na época do crime, a menina tinha 5 anos. Alexandre e Anna Carolina estão presos em Tremembé. Eles afirmam ser inocentes. Os dois são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Bispos alemães querem que papa se pronuncie esta semana sobre pedofilia

Berlim, 17 mar (EFE).- A Conferência Episcopal alemã espera que o papa Bento XVI se dirija ainda nesta semana às vítimas de abusos sexuais na Alemanha por parte de membros da Igreja Católica e se pronuncie sobre o escândalo que atinge a Igreja no país.

O pedido foi feito pelo prelado Karl Jünsten, membro do comissariado da Conferência Episcopal Alemã, durante uma entrevista no jornal matinal da principal rede de televisão pública alemã, a "ARD".
"Está anunciado que esta semana (o papa) vai se pronunciar sobre o caso da Irlanda, e não podemos descartar que também aborde a situação na Alemanha. Trata-se de sua pátria. É importante contar nesta mesma semana com um pronunciamento", disse Jünsten.
O arcebispo Rino Fisichella tinha anunciado anteriormente na imprensa italiana que o papa tem intenção de comunicar medidas concretas para enfrentar a pedofilia na Igreja Católica em carta que enviará aos bispos irlandeses. EFE

Sexo no carro pode ser perigoso.

 MOSCOU (Reuters Life!) - Um casal russo que estava tendo relações sexuais dentro de um carro estacionado em uma minúscula garagem morreu de intoxicação por monóxido de carbono, informou a agência de notícias Interfax nesta terça-feira.

"Um homem e uma mulher voltaram para o seu Volkswagen para ter relações sexuais... Provavelmente os amantes ligaram o motor para se aquecerem", disse a Interfax, citando uma fonte policial de Moscou.
Durante um momento de "proximidade íntima", no sul de Moscou, o casal inalou o gás e morreu, disse a fonte.
Muitos russos mantém seus carros em garagens de ferro semelhantes a caixas próximas a suas casas.
(Reportagem de Amie Ferris-Rotman)

domingo, 14 de março de 2010

País tem 900 mil ações na Justiça para resgatar dinheiro.

Duas décadas se passaram e o Plano Collor ainda é uma ferida aberta. Sobretudo nos tribunais, onde ainda tramitam 890 mil ações individuais e 1.030 coletivas, em nome de um número incalculável de poupadores de todo o país, de acordo com reportagem de Geralda Doca e Carolina Brígido, publicada neste domingo pelo O Globo. 
A contabilidade das ações foi feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e refere-se a perdas causadas pela falta de correção dos valores inferiores a 50 mil cruzados novos, que ficaram nas contas bancárias ou em cadernetas de poupança. Em caso de vitória em massa, os bancos seriam obrigados a pagar R$ 50,5 bilhões aos poupadores, para compensar perdas financeiras com a medida, segundo o Ministério da Fazenda.
De acordo com a reportagem, o governo considera o valor suficiente para desestabilizar o sistema financeiro nacional. Até hoje, só R$ 1,8 bilhão foi desembolsado. O futuro dos bancos está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, que julgará uma ação proposta no ano passado pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif). A entidade pede a suspensão, por liminar, de qualquer decisão judicial referente à reposição de supostas perdas decorrentes dos planos econômicos editados entre 1986 e 1991 - Plano Collor, inclusive. Essa suspensão duraria até que o STF unificasse o entendimento da Justiça sobre o assunto. A decisão é aguardada para este ano.
Prazo para ação
A pendenga judicial envolve também a União, em 9.937 processos contra o BC. Segundo decisão do Supremo, cabe à autarquia responder pelos valores bloqueados, superiores a 50 mil cruzados novos. Não é mais possível recorrer à Justiça contra o Banco Central (BC), pois o prazo para essa reclamação já expirou. O prazo para entrar com ações contra os bancos, para pleitear a correção de valores inferiores a 50 mil cruzados novos, vence em 30 de março.

Apesar de incentivar as pessoas a irem à Justiça, o próprio Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) admite que o caminho é árduo. O desfecho das decisões judiciais não tem favorecido os poupadores. Das 154,4 mil ações contra o BC, relativas a vários planos, inclusive Collor, 144,5 mil foram julgadas a favor da instituição. Fonte: Conjur

Polícia Federal aponta 30 mil casos de corrupção.

A Polícia Federal investiga 29.839 crimes contra a administração pública, aponta relatório da corporação enviado ao Ministério da Justiça e à Casa Civil. De acordo com reportagem de O Estado de S.Paulo, os delitos detectados são corrupção, peculato, tráfico de influência, fraudes em licitações, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e concussão (extorsão praticada por funcionário público). O texto é assinado pelo repórter Fausto Macedo.

Os quase 30 mil inquéritos estão distribuídos pelas 27 superintendências regionais da PF. Seu objetivo é identificar fraudadores do Tesouro em oito modalidades previstas no capítulo do Código Penal que trata dos crimes contra a administração.

O acervo é relativo a investigações iniciadas, em sua grande maioria, a partir de 2003. Nesse período de sete anos, a PF deflagrou 1.023 operações, nas quais prendeu 13.024 suspeitos. O maior volume de inquéritos foi instaurado entre 2008 e 2009, quando os federais executaram 523 missões que culminaram com a prisão de 5.138 investigados, "envolvidos em vultosos desvios de recursos federais".

O relatório da PF pede a criação e estruturação de duas divisões com atribuições específicas, uma para reprimir desvios de recursos e outra para investigar servidores e políticos envolvidos. A PF afirma que as novas divisões serão dotadas de estrutura mínima, com remanejamento de pessoal interno, praticamente sem gastos complementares e que elas representarão "forte instrumento de combate àquilo que já se pacificou ser a principal mazela do país".

Para incluir as divisões em seu organograma e colocá-las em ação, a PF precisa que elas sejam criadas por decreto presidencial. "Teremos, assim, duas unidades especializadas para projetar, gerenciar e desenvolver ações policiais contra os crimes em prejuízo do erário cometidos por servidores públicos federais, atualmente em número de 2,112 milhões, além de particulares", afirma a PF.

O Sistema Nacional de Procedimentos (Sinpro) da PF indica que, dos quase 30 mil inquéritos, 13.798 apuram crime de peculato, quando o servidor se apropria de dinheiro ou bem público. Outros 3.649 se referem a prevaricação, caracterizada quando uma autoridade retarda ou deixa de praticar ato de ofício por interesse próprio. Em terceiro lugar estão os inquéritos por corrupção passiva (3.488). Para investigar fraudes em licitações há 3.292 inquéritos. Em seguida estão os feitos sobre corrupção ativa (2.240). Uma estimativa dos valores desviados ainda depende do mapeamento dos inquéritos.

Licitações
A PF destaca que o governo federal possui orçamento fiscal de despesas da ordem de R$ 579, 1 bilhões, "valor este que, em grande medida, será gasto na aquisição dos mais diversos bens e serviços mediante prévio processo licitatório".

Estudo da Fundação Getúlio Vargas indica que 5% do Produto Interno Bruto vai para o ralo tendo como causa a corrupção em repartições públicas, o que equivale a um rombo de aproximadamente R$ 140 bilhões. "A força desses números, além de impressionar, enseja a criação de estruturas especializadas no controle desses valores e na repressão aos crimes sobre eles incidentes", diz o relatório.

"O principal objetivo é desenvolver capacidade de gestão, padronizar os procedimentos e ampliar a eficiência", argumenta o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da PF. Para ele, as unidades são vitais para o Plano Estratégico do Programa de Modernização e Gestão da PF.

Corrêa repudia administrações marcadas por improvisos. Sua meta é forjar e fortalecer uma polícia qualificada, com renovação constante. "Nós temos consciência do nosso papel neste momento histórico da instituição, que detém um dos maiores índices de credibilidade", assinala. "Não podemos agir de improviso, muito menos errar." A ambição maior de Corrêa é a especialização, que representa "a técnica administrativa utilizada quando se busca o aperfeiçoamento de uma linha de produção ou, no caso, de um método de trabalho investigativo".


Fonte: Conjur

Procurador aponta irregularidade e pode terminar réu.

A polêmica envolvendo o procurador do Trabalho da Paraíba e servidores irregulares no Ministério Público no estado pode chegar ao fim na sessão plenária do Conselho Nacional do Ministério Público no final do mês de março. Paralisado por um pedido de vista da conselheira Maria Ester, o procedimento de controle administrativo deve ser encaminhado para a corregedoria do MPT. O procurador Eduardo Varandas responderá por investigar assuntos que não são de suas atribuições.
O caso teve início com uma representação enviada ao CNMP em agosto de 2009, pelo próprio procurador Eduardo Varandas. Nela, ele indica a existência de 327 servidores das prefeituras locais emprestados para o MP estadual. A representação foi motivada por reclamação de pessoas aprovadas em concurso público, que não foram convocadas por falta vagas. Quando descobriu que servidores não concursados ocupavam as vagas que poderiam ser aberta para concursados, procuraram Varandas para reclamar.
Mas, a representação, apesar de mostrar uma irregularidade, foi considerada desvio de autoridade. Com a promulgação da Emenda Constitucional 45, a chamada Reforma do Judiciário, foi definido que o procurador do trabalho tem competência para atuar na relações de trabalho privadas, e não públicas. Ainda em relação às atribuições, em decisão liminar, o Supremo Tribunal Federal confirmou o entendimento de que o Ministério Público do Trabalho não é legítimo para fiscalizar relação de trabalho entre servidor e ente público.
É com esse entendimento que o conselheiro do CNMP, Claudio Barros Silva votou para que a corregedoria do MPT apure a conduta do procurador. Segundo o relator, o PCA não deve entrar na pauta do CNMP na próxima sessão, apenas na outra, no final do mês. Quando foi trazido por Barros Silva, não houve unanimidade na votação. A conselheira Maria Ester pediu vista.
“Apesar de termos uma filosofia de que o MP é uno, não é da atribuição dele investigar isso”, diz o conselheiro. Para Barros Silva, o CNMP não pode deixar que integrantes do órgão cometam excessos. Silva destaca que o entendimento da Procuradoria-Geral da República quando vai ao Supremo Tribunal Federal é que o Ministério Público Federal ou Ministério Público Estadual são competentes para investigar caso de improbidade, mas nunca o Ministério Público do Trabalho.
De acordo com os autos, o procurador do trabalho levou dois anos para concluir a investigação, o que para o conselheiro poderia ter sido aplicado em outra atuação, “ele precisa se atentar para as questões das relações de trabalho privadas no estado”. O relator afirma que pode ser voto vencido no conselho, mas não pode deixar de lembrar que o problema é antigo e o CNMP já estava ciente da situação.
Apesar de cinco procuradores da República assinarem a representação, o que traria legitimidade a ela, o fato de Varandas ter feito a investigação já invalida o documento. “As assinaturas serviram apenas para esquentar o documento”, completa Barros Silva.
Atuação
Eduardo Varandas não é conhecido apenas pelo caso dos servidores. Ele também tem uma atuação intensa, inclusive junto com o MP da Paraíba, no combate a exploração sexual infantil, por exemplo.
Em uma outra representação entregue ao Conselho Nacional de Justiça, ele e outros procuradores, denunciam a mesma situação no Tribunal de Justiça da Paraíba. “A representação foi acolhida integralmente pelo Conselho Nacional de Justiça, fizeram a correição e colocaram todo mundo pra fora”, reforça Varandas. Ele conta que o procedimento adotado na representação contra os servidores irregulares no MP da Paraíba seguiu os mesmo critérios da representação enviada ao CNJ.
Segundo ele, as pessoas prestam concurso público para a prefeitura e depois são deslocadas para o Judiciário, “é muito mais de fácil entrar e ainda receber uma gratificação por isso”.
Apesar de não haver uma lei que explicite o número máximo de servidores emprestados e efetivos nas repartições, o artigo 37 da Constituição Federal determina que essa contratação de outro órgão seja feita em caráter excepcional. “Não pode ser a regra”, observa o procurador do trabalho.
Para Varandas, faz parte do dever do Ministério Público denunciar situações como a presenciada no MP estadual. “Uma vez que não há dúvidas de que a situação é irregular, cabe ao promotor denunciá-la, incorrendo em prevaricação se não o fizer”, reforça. Ele explica ainda, que a decisão do Supremo citada pelo relator em seu voto diz apenas sobre a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos entre servidores e o ente público. “Isso não quer dizer que eu não possa investigar”, assevera.
Ao se defender Varandas afirma que não entendeu o motivo para ser o único alvo de processo disciplinar, se ao todo nove procuradores assinam a representação. “Eu não violei nenhuma lei”, afirma Varandas ao questionar a decisão do CNMP. “Essa decisão abre um precedente preocupante, estou sendo punido por fazer o meu trabalho”, avalia. “Fiquei perplexo, foi uma postura retalhadora, o direito de investigar do MP está previsto na CF”, diz Varandas.
Está prevista para acontecer em abril uma correição nos MPs do estado.
Situação irregular
Atualmente, o MP-PB conta com 348 servidores emprestados, e 269 efetivos. Segundo o procurador-geral da Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, há um esforço para reverter a situação. “Existe uma comissão para analisar caso a caso dos servidores, e verificar a possibilidade de devolvê-lo ao órgão de origem.”
“Pela lógica, o MP poderia devolver os servidores ao fazer os concursos, mas a diferença de custo é alta”, ressalta o procurador. Valle Filho conta que para cada servidor emprestado é pago apenas uma gratificação, e a prefeitura que de fato paga o salário. Ele explica dizendo que se devolver 100 servidores, o dinheiro que sobra dessas gratificações permite a contratação de apenas 20 concursados.
Para o procurador-geral, o MP no estado vive um “inchaço”. “Foram feitos concursos públicos sem a devida análise das necessidades do órgão, abriram vagas nos concursos e não devolveram os servidores emprestados”, explica. Ele observa ainda que o MP não tem a estrutura para trabalhar regularmente no interior do estado sem os servidores emprestados, e por isso, é inviável cortar as parcerias com as prefeituras.
Quanto à regularização da situação, Oswaldo Filho reforça que não consegue assegurar uma data para a solução do problema. Porém, espera inverter a relação entre emprestado e efetivo até 15 de março.
Leia a íntegra da representação entregue ao CNMP

Fonte: Consultor Jurídico

Prefeito denunciado por desvio de verbas do Fundef questiona competência da Justiça Federal para processá-lo.

A defesa do prefeito de Oliveira dos Brejinhos (BA), Silvando Brito Santos, impetrou Habeas Corpus com pedido de liminar (HC 102707), no Supremo Tribunal Federal (STF), para trancar a ação penal em curso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) por suposto desvio de verbas públicas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O atual prefeito foi denunciado pelo Ministério Público em razão de suposto pagamento irregular quando exercia a função de tesoureiro municipal, em novembro de 1999.
No HC, a defesa do político sustenta que o processo deve tramitar na Justiça estadual (Tribunal de Justiça da Bahia) e não na Justiça Federal, que seria incompetente para processar e julgar ilícitos praticados por prefeito em decorrência da aplicação irregular de verbas federais repassadas ao patrimônio da municipalidade, visto que o seu desvio ou emprego irregular seria crime contra o município, em cujo patrimônio as verbas já estariam incorporadas.
A defesa sustenta que, nos meses de novembro e dezembro de 1999, o município de Oliveira de Brejinhos não recebeu qualquer complementação da União Federal para o Fundef. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso do prefeito e manteve a competência da Justiça Federal por considerar evidente o interesse jurídico da União, sustentando que o fato de os recursos estarem depositados em conta corrente de titularidade da prefeitura não significa, por si só, que o valor já integre o patrimônio do município.
O Ministério Público Federal denunciou o atual prefeito em maio de 2008 pelo repasse feito em novembro de 1999, quando exercia o cargo público de tesoureiro da prefeitura, e teria autorizado o pagamento indevido no valor de R$ 2.414,40 a um suposto representante da firma Malibu Papelaria e Armarinho, referente à aquisição de material escolar (papel ofício, lápis grafite, giz branco, etc), pagos com recursos do Fundef. Segundo o MPF, tratou-se de pagamento irregular, visto que a despesa inexistente foi comprovada com notas fiscais falsas.

Fonte: TV Justiça


sábado, 13 de março de 2010

Perseguição ao Evangelho e a Jesus...

Não existe perseguição ao Evangelho no Brasil
 E muito menos a Jesus
Conforme sabem os meus amigos, eu sou muito envolvido com televisão, desde os meus 23 anos de idade, quando saí da Aeronáutica num dia e no mesmo dia fui admitido como diretor de televisão, logo numa emissora afiliada da Rede Globo. A dona da TV era mais doida do que eu, mas aconteceu.
Paralelamente a isto, a atividade na área do ensino e no campo da informática, além do interesse pelo estudo da história das religiões, do comportamental humano, da tecnologia e essas coisas que me meto a escrever e até fazer algumas palestrinhas, em alguns lugares.
Por gostar de televisão, vivo aqui em casa com algumas antenas apontadas para satélites e alguns receptores digitais, zapeando de um lado para outro e parando para observar vários tipos de canais. Até coisas não muito agradáveis eu paro para dar uma olhada, com olhos de observação, sobretudo na minha curiosidade aguçada nessa coisa do comportamental.  
Algo me tem chamado atenção, que é a quantidade de canais de televisões, e rádios também, com horários inteiros ocupados por denominações religiosas, cada uma pregando conforme os seus interesses e as suas características próprias.
Aqui em São Paulo, por exemplo, quando acordo cedo demais, observo que no amanhecer um número enorme de canais é ocupado com programação religiosa, cada um vendendo o seu peixe, o que é um direito que todos devemos respeitar. A madrugada, então, é carregada.
O detalhe que quero enfocar é algo que tenho observado, nesses programas, e não é de hoje, que é uma citação que muitos religiosos fazem, acerca duma suposta perseguição ao Evangelho, existente no Brasil, como se existisse um grande segmento de brasileiros na condição de inimigos de Jesus.
Esse termo inimigo é usado demais. O espírito bélico da maioria das religiões é algo impressionante: “Temos que lutar contra o inimigo!!!”, “Temos que destruir o inimigo, vamos liquidar o inimigo...” , “Temos que ter cuidado com o inimigo”... e por aí vai, inimigo pra cá, inimigo pra lá, inimigo pra tudo quanto é canto.
E aí eu fico pensando: Que diabo de inimigo é esse?
Quem são esses que tanto perseguem o Evangelho, aqui no Brasil?
Aí eu fico comparando com as tais “elites”, que o pessoal do PT tanto fala. Você, que está lendo, sabe quem são essas tais elites? Eu não sei, não tenho a menor idéia.
Mas sim, vamos lá.
Por que as religiões, em vez desses discursos de guerra, não mudam as suas pregações para discursos de PAZ?
Será que a opção pela guerra é mais conveniente para elas? Eu sei que o produto “guerra” é algo muito rentável para muita gente.
Eu já botei a cabeça pra pensar, várias vezes, e não consegui ainda entender, porque tanta gente gosta tanto de ver a imagem de Jesus todo arrebentado, cheio de porrada pelo corpo, na base do quanto mais sangue, melhor.
Acho um absurdo, mas... o que se  há de fazer?
O que posso garantir aqui, é algo que não é preciso afirmar, porque qualquer leitor pode conferir o que vou dizer:
Não existe perseguição ao Evangelho no Brasil e muito menos a Jesus.
Essa ladainha que as religiões andam repetindo, nas igrejas e na televisão, com certeza absoluta é uma tremenda conversa fiada, um papo furado muito besta, tudo indica querendo fazer com que o povo de hoje se sinta nas mesmas condições dos cristãos dos velhos tempos romanos, da época em que os cristãos eram, de fato, perseguidos, caçados, torturados e até levados à arena para serem queimados ou devorados pelas feras.
Aquela figura do centurião, tipo esse bobão que está aí ao lado, não tem mais lugar no mundo de hoje.
Com certeza absoluta não temos nenhum Nero, em nosso País e, creio, na grande maioria do mundo já não existe, há muito tempo, espaço para esse tipo de gente e de sistema. Ainda se vê alguma perseguição na Coréia do Norte, Irã, Somália, Afeganistão, Maldivas, Iêmen, Mauritânia, Laos e Uzbequistão, mas se formos analisar a relevância e representatividade desses países, no planeta, não vamos encontrar nada, porque eles não significam porcaria nenhuma, são regiões extremamente atrasadas, do ponto de vista espiritual e não podemos, aqui no Brasil, falar em perseguição ao Evangelho, porque isto ainda existe nessas insignificâncias culturais.  
O que tem muito no Brasil, de fato, é político safado, ladrão, descarado e até capaz de mandar matar gente que possa ameaçar os seus interesses, mas, tenho certeza absoluta, que nenhum deles, por mais bandido e perverso que seja, tem a menor inspiração ou motivo para mandar matar gente, por ser cristã ou adepta de Jesus, mesmo sem o rótulo cristão e sem praticar qualquer religião.
Muito pelo contrário, os políticos não são nem bestas de fazer uma coisa desta porque sabem, perfeitamente, que cem por cento do povo brasileiro é cristão e que esse povo que vota.
Portanto, não seria “politicamente correto”.
Quem seria o perseguidor do Evangelho, então, no Brasil?
A Igreja Católica? Claro que não. Ela existe, queiram ou não alguns, com base em Jesus, tem a cruz, o símbolo do martírio de Jesus, como o seu símbolo, e até admite Jesus como sendo o próprio Deus. Repete o sacrifício de Jesus através do seu ritual maior, a missa, e não resta dúvida de que Jesus é a sua orientação. Agora, se ela tem a sua maneira de definir Jesus e de ver Jesus, aí são outros quinhentos, porque existem milhares de formas diferentes de religiões, ditas cristãs, o verem.
Seriam os Protestantes? Claro que não. Queiram ou não, eles, que gostam de ser rotulados até de Evangélicos, têm em Jesus a personagem maior, qualificando-o, inclusive, como sendo o próprio Deus, como os Católicos, embora existam igrejas que, em suas pregações, falam mais no nome do Satanás que no dele. Mas não teria sentido alguém achar, por exemplo, que seriam eles.
Seriam os Espíritas? Também não. No Espiritismo Jesus é o Maior Modelo e Guia que os seus seguidores devem seguir, conforme orienta a doutrina, e o Evangelho é a diretriz moral que todos devem seguir, sobretudo a parte Moral, que é a razão de tudo.
Seriam os Umbandistas? Também não. Jesus é, para eles, também o maior, o Senhor, eles gostam e tem o Evangelho como guia, e não se vê umbandista nenhum perseguindo o Evangelho. Diga-se de passagem, umbandista nenhum se envolve em discussão religiosa.
Seriam os Muçulmanos, Budistas, Judeus e adeptos de outras religiões, que residem no Brasil? Claro que não. Mesmo que fossem eles, não teriam representatividade nenhuma, posto que o número deles, em nosso país, é bastante irrisório e bem insignificante, a ponto de representarem alguma ameaça a seja lá quem for e o que for. Em princípio os budistas são de paz, não perseguem religião nenhuma e nem se envolvem na crença de ninguém. Os judeus também não se envolvem em discussão religiosa nenhuma no Brasil, muito pelo contrário, em nosso país a gente encontra árabes e judeus unidos, até em passeatas, em São Paulo, na mais perfeita harmonia, em campanha por paz entre seus povos e que acabem de uma vez por todas aqueles intermináveis conflitos que existem em suas regiões, que causam tantas mortes e sofrimentos.
O Hinduismo em mais de 850 milhões de seguidores no mundo, mas no Brasil não tem quase ninguém. Portanto, não é quem persegue o Evangelho. As religiões chinesas, também, não têm a menor influência no Brasil, ninguém nem ouve falar.
Quais seriam, então, os tais perseguidores do Evangelho, no Brasil? Por acaso, não seriam os Ateus?
O religiozismo comum, não muito comprometido com a honestidade no que afirma, tenta fazer crer aos seus fiéis que os ateus, necessariamente, são verdadeiros monstros, que lutam contra Deus, contra Jesus, contra o Evangelho e que seriam, necessariamente, adeptos de Satanás.
Mentira, conversa fiada. Se ateu não acredita em Deus, obviamente não acredita também em Satanás. Ateu não se envolve, nunca, em assuntos religiosos porque são coisas que não lhe interessam e não lhe significam nada. Não são perversos, não são desonestos, não são monstros e não são necessariamente pessoas que persigam quem quer que seja. Apenas não acreditam em Deus, dizem eles, embora exista aquela figura do “Sou ateu, graças a Deus”. Eu, por exemplo, já tive amigos ateus que sempre foram pessoas honestas, calmas, tranqüilas e dignas, algumas até caridosas e preocupadas com as necessidades do próximo. Não quero dizer que todo ateu é santo, nada disto, porque no segmento deles, também, é claro que existe gente de mau caráter, nas mesmas proporções do que existe do outro lado, posto que rótulo religioso não dignifica o caráter de ninguém.
Muito pelo contrário, na história da humanidade os que são rotulados cristãos já promoveram mais guerras, mais torturas, mais destruições e muito mais perversidades do que os ateus.
Nem nos países do outro lado do mundo, onde o Islamismo prolifera, já não se vê tanto ataque aos cristãos e ao Evangelho, como existia em tempos passados. Só que no passado, quando haviam conflitos entre cristãos e muçulmanos, não eram só os muçulmanos que atacavam os cristãos não, eles se atacavam, mutuamente, eram agressões de ambos os lados, com todas as torturas, perversidades e crueldades que ambos os lados achavam que tinham direito.
Sempre houve aquela coisa de “Vasco e Flamengo”, “Corinthians e Palmeiras”, no campo religioso, mas coisa sempre praticada por gente de elevado coeficiente de imbecilidade, como imbecis são os torcedores de um time que vêem os do outro como rivais e inimigos. Um palmeirense que agride a um corinthiano, ou vice-versa, é um animal de elevado nível de irracionalidade.
Afinal de contas, quem são os tais perseguidores do Evangelho, que determinados religiosos tanto falam nas igrejas e na televisão?
Com certeza absoluta, eles não existem, no Brasil.
O que existe no Brasil, como existe também nos Estados Unidos e em outros locais, são aqueles malucos, perturbados e doentes mentais, que adotam símbolos nazistas e promovem agressões, mas agressões a negros, homossexuais e até nordestinos, como é o caso de um determinado segmento em São Paulo. Tem também aqueles idiotas e monstros da Ku Klux Klan, dos Estados Unidos, que são racistas ao extremo. Mas agressão a rotulações religiosas, os daqui do Brasil não fazem. Mas o número é tão pequeno, tão insignificante, que não se pode contar como relevante na população e nem existe no Brasil inteiro.
Mas tem uma resposta para isto
Em muitos casos, existe, por exemplo, um determinado elemento da prefeitura que não vai com a cara de um determinado pastor, por algum problema pessoal. Aí começa a criar dificuldades para ele e o que puder infernizar a vida dele, inferniza. Pode ser, também, em relação a um determinado padre.
O que faz o religioso, então?
Começa a dizer, para os seus fiéis, que a perseguição é ao Evangelho e a Jesus, quando na realidade não tem nada a ver.
Todos sabem do caso de um religioso, de uma certa igreja, que se envolveu com uma moça, casada, teve caso com ela, por algum tempo, até que o marido, que também era membro da igreja, descobriu, abandonou a igreja e passou a ameaçá-la, quebrando as suas portas, vidraças, telhado e tudo o que podia quebrar, além de ameaçá-lo de morte.
O que o religioso passou a dizer para os seus fiéis?
Que a sua igreja estava sendo atacada pelos inimigos do Evangelho, os perseguidores de Jesus. Que diabo tem a ver um problema pessoal com perseguição ao Evangelho?
Gente, a coisa é tão séria, que têm religiosos praticando as mais sórdidas canalhices, atos de banditismo, da forma mais calhorda e, quando são pegos pela polícia, começam a dizer para os seus adeptos que é perseguição ao Evangelho.
Houve aquele episódio de um casal, famoso, que foi pego pela polícia americana, transportando dólares ilegais, o que foi comprovado por câmeras e por todos os meios. Foram presos lá nos Estados Unidos, mas apareciam na televisão pedindo orações, aos seus fiéis, como vítimas, se dizendo injustiçados, sob a mesma argumentação: Perseguição ao Evangelho.
Naquele caso do escândalo dos milhões de reais transportados, em espécie, em malas, num avião, quando a imprensa anunciou, como anuncia todos os outros escândalos, argumentaram que era perseguição ao Evangelho.
Nos grandes escândalos, dos políticos, foi comprovado que a maioria da bancada de deputados, considerada como cristã, em Brasília, estava envolvida nas maiores safadezas e corrupções. Ao ser dito isto, na imprensa, mais uma vez argumentaram: É perseguição ao Evangelho.
Será que aquele descarado daquele deputado, que estava orando para Deus abençoar o dinheiro roubado, no escândalo da gang do José Roberto Arruda, se for preso, vai pedir orações para os fiéis da sua igreja, sob a alegação que a sua prisão é perseguição ao Evangelho?
O pior é que tem muito brasileiro idiota que acredita e vai na onda.
A grande verdade
Há quem se aproveite dos noticiários que mostram padres pedófilos, para denegrir a imagem da atual Igreja Católica. É gente sem vergonha que faz isto, pois, a maioria dos padres e da Igreja Católica quer mesmo é sintonia com Jesus.
Há quem se aproveite do modismo do mercantilismo religioso, promovido por pseudos-pastores, verdadeiros mercenários, que montam verdadeiros impérios e indústrias em nome de Je$u$, para generalizar e dizer que todo pastor Evangélico só pensa em dinheiro. Mentira também, existem inúmeros pastores dignos, igrejas cujo foco é verdadeiramente JESUS.
Há mentirosos que dizem que espíritas andam consultando espíritos e que vivem a seguir espíritos malignos, contrários a Jesus. Mentira sem vergonha, pois, espírita nenhum vive a consultar espíritos e muito menos dão ouvidos a qualquer idiota que venha a pregar contra a moral de Jesus. Claro que existem, também, espíritas safados, mas invariavelmente sua diretriz é Jesus.
Há mentirosos que dizem que os Umbandistas existem para fazer o mal, para seguir demônios e espíritos ruins. Mentira também, conversa fiada. Os umbandistas se propõem a fazer o bem e Jesus é, também, o ídolo maior deles.
Há quem queira conceber a cultura oriental como pecaminosa e até condenada, porque a grande maioria não teve condição de conhecer Jesus e seus ensinamentos. Conversa fiada também. As religiões orientais são até mais antigas que o Cristianismo e vários dos seus precursores trouxeram propostas, para o homem, semelhantes às que Jesus apresentou. Claro que existem doutrinas e seitas malucas, mas a maioria se propõe a fazer o bem e jamais seriam contra Jesus.
Se existe a tal bíblia do diabo, é coisa de maluco, gente que nem fede e nem cheira, não representa nada, não tem influência nenhuma e ninguém dá bola. Você conhece alguém que seja adepto dela? Eu também não conheço e quase ninguém conhece. 
Conclusão
Afirmo, com toda segurança, que quase cem por cento do povo brasileiro adora Jesus e não tem a menor vocação para ser contra e muito menos perseguir o Evangelho. Afirmo também, com a mesma segurança, que os que mais prejudicam a difusão das propostas morais e de amor de Jesus, são exatamente aqueles que se dizem seus seguidores, mas vivem em eterna contradição, permanecem na intolerância, no desrespeito ao direito dos outros de crerem ou pensarem como quiser, que acham que todo aquele que pensa contrário a sua maneira de ver, necessariamente é inimigo e não abrem mão desse discurso bélico maluco e insensato, que só distanciam as pessoas umas das outras, em vez de uni-las. Há imbecis que são contra, inclusive, o Ecumenismo, que é o primeiro passo para o diálogo e entendimento entre os pensamentos de fé diferentes. Quem se recusa ao diálogo, ao entendimento, a alteridade e ao respeito ao direito de crença, este sim, está na contra mão de Jesus e do Evangelho.   
Bom, meu amigo leitor, o grande problema é que ainda tem muita gente que adora passar atestado de besta para os outros e, o mais lamentavelmente ainda, é que o universo de trouxas ainda é muito grande, por isto eles ainda encontram eco nas suas investidas.
Por:
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor, ator, profissional de televisão.
Criador da idéia do Partido Vergonha na Cara - www.partidovergonhanacara.com