A ideia moderna de família ultrapassa a imagem tradicional de um núcleo de pessoas formado por pai, mãe e filhos. Mas, será que o grande público já consegue perceber e lidar com essa evolução? Está é a discussão proposta pelo programa Novas Famílias, que estréia amanhã, às 22 horas no canal GNT.
O programa terá cinco capítulos - a serem exibidos nas próximas sextas-feiras - e vai trazer histórias que fogem do padrão e mostram a nova realidade das famílias brasileiras. Dentre os temas abordados estão guarda compartilhada, inseminação artificial e famílias recompostas. Cada edição do programa abordará mais de um caso real.
As famílias na Constituição - A Constituição Brasileira de 1988 foi a primeira Carta Magna da história do País a proteger juridicamente de maneira ampla e inclusiva todas as formas de família. No artigo 226, a Constituição exemplifica algumas formas constituídas de família, ou seja, a norma jurídica não restringe novas configurações familiares que devem ser protegidas pelo Estado.O advogado Paulo Lôbo, diretor nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), explica que antes de 88 só eram protegidas as famílias formadas a partir do casamento. "Até a Carta Magna não eram reconhecidas, por exemplo, famílias chefiadas por mães solteiras, o que gerava grande discriminação", afirma.
Reconhecimento social - Porém, a discriminação e o preconceito sofridos pelas entidades familiares que "fogem do padrão" estão longe de acabar. Para Lôbo, o reconhecimento social é o mais difícil de ser alcançado. "As pessoas carregam valores e têm muita resistência". Um exemplo do que ele fala são as uniões entre pessoas do mesmo sexo - uma nova forma de família - que, apesar de já serem juridicamente reconhecidas, sofrem com o preconceito.
O diretor nacional do IBDFAM garante que a iniciativa do GNT pode ajudar na redução do preconceito. "No mundo contemporâneo a mídia tem uma contribuição para a difusão de novas ideias e remodelação de valores", defende.
Fonte: IBDFAM
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