domingo, 4 de março de 2012

Programa de TV trata dos novos arranjos familiares

A ideia moderna de família ultrapassa a imagem tradicional de um núcleo de pessoas formado por pai, mãe e filhos. Mas, será que o grande público já consegue perceber e lidar com essa evolução? Está é a discussão proposta pelo programa Novas Famílias, que estréia amanhã, às 22 horas no canal GNT.
O programa terá cinco capítulos - a serem exibidos nas próximas sextas-feiras - e vai trazer histórias que fogem do padrão e mostram a nova realidade das famílias brasileiras. Dentre os temas abordados estão guarda compartilhada, inseminação artificial e famílias recompostas. Cada edição do programa abordará mais de um caso real.
As famílias na Constituição - A Constituição Brasileira de 1988 foi a primeira Carta Magna da história do País a proteger juridicamente de maneira ampla e inclusiva todas as formas de família. No artigo 226, a Constituição exemplifica algumas formas constituídas de família, ou seja, a norma jurídica não restringe novas configurações familiares que devem ser  protegidas pelo Estado.
O advogado Paulo Lôbo, diretor nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), explica que antes de 88 só eram protegidas as famílias  formadas a partir do casamento. "Até a Carta Magna não eram reconhecidas, por exemplo, famílias chefiadas por mães solteiras, o que gerava grande discriminação", afirma.
Reconhecimento social - Porém, a discriminação e o preconceito sofridos pelas entidades familiares que "fogem do padrão" estão longe de acabar. Para Lôbo, o reconhecimento social é o mais difícil de ser alcançado. "As pessoas carregam valores e têm muita resistência". Um exemplo do que ele fala são as uniões entre pessoas do mesmo sexo - uma nova forma de família - que, apesar de já serem juridicamente reconhecidas, sofrem com o preconceito.
O diretor nacional do IBDFAM garante que a iniciativa do GNT pode ajudar na redução do preconceito. "No mundo contemporâneo a mídia tem uma contribuição para a difusão de novas ideias e remodelação de valores", defende.
Fonte:  IBDFAM

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