segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Dizimo na Visão Espírita

O Antigo Testamento mostra que Abraão foi o iniciador do dízimo. Jacó foi o continuador. E, quatrocentos anos depois, com Moisés, o dízimo passou a ser um mandamento considerado sagrado, logo, um dever de todo o judeu.

Já o Novo Testamento não faz profundas referências a respeito do tema. Jesus, por exemplo, dizia sutilmente, (para não chocar os judeus) que mais importante que pagar o dizimo era moralizar as atitudes: "SE, POIS, AO TRAZERES AO ALTAR A TUA OFERTA, E ALI TE LEMBRARES DE QUE TEU IRMÃO TEM ALGUMA COISA CONTRA TI, DEIXA PERANTE O ALTAR A TUA OFERTA, VAI PRIMEIRO RECONCILIAR-TE COM TEU IRMÃO; E, ENTÃO, VOLTANDO, FAZE A TUA OFERTA.” (Mt. 5: 23 a 24). Aqui, por exemplo, vemos Jesus dizendo que antes de fazermos nossa oferta ou doação devemos nos reconciliar com nosso irmão de caminhada. Nada agrada mais a Deus do que ver Seus filhos vivenciando Seus ensinamentos trazidos por Jesus. “DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR (coisas materiais), E A DEUS O QUE É DE DEUS (coisas espirituais).”


Vejamos este outro exemplo: “AI DE VÓS, ESCRIBAS E FARISEUS, HIPÓCRITAS! POIS QUE DIZIMAIS A HORTELÃ, O COENTRO E O COMINHO, E DESPREZAIS O MAIS IMPORTANTE DA LEI, QUE É: O JUÍZO, A MISERICÓRDIA E A FÉ; DEVEIS, PORÉM, FAZER ESTAS COISAS, SEM DEIXAR AQUELAS.” (Mt 23.23a). Aqui Jesus explica novamente que não adianta pagarmos o dizimo, seja de que forma for, se deixarmos de lado o mais importante que é a “reforma íntima”, a moralização de nossos atos, pensamentos e palavras. Mas infelizmente, existem aqueles que exploram a boa fé das pessoas com promessas e recompensas extraordinárias. Ensinando os fiéis a barganhar com Deus. Isto faz com que alguns vejam o dizimo como uma moeda de troca ou obrigação. Além do mais, como podemos barganhar com Deus usando coisas que são Dele? Então, AFIRMAÇÕES COMO: "VOU DAR O DÍZIMO PARA NÃO FICAR DESEMPREGADO; VOU DAR O DIZIMO PARA NÃO FICAR DOENTE; VOU DAR O DÍZIMO PARA FICAR RICO”, são afirmações errôneas e contrárias aos ensinamentos de Jesus. O dizimo deve ser dado com gratidão sem se pensar em qualquer tipo de retorno da parte de Deus e não deve ser dado simplesmente por medo de não ser abençoado. Devemos observar que encontramos pessoas doentes e saudáveis, desempregados e empregados, pobres e ricos em todas religiões, pagando ou não o dízimo.


O apóstolo Paulo também falou sobre o dízimo e explicou que este deveria ser uma ação de amor, generosidade e alegria: "(...) CADA UM CONTRIBUA SEGUNDO TIVER PROPOSTO NO CORAÇÃO, NÃO COM TRISTEZA OU POR NECESSIDADE; PORQUE DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA (...)"- (2Co 9.6-90). E é este o entendimento do espírita para o dízimo, uma doação espontânea em dinheiro e/ou trabalho. Sem definição de quantidade (10%), as doações devem ser segundo o desejo de cada um. Os freqüentadores e trabalhadores de um Centro Espírita sabem das dificuldades para manter uma casa espírita. Por isso, os que entendem a importância do trabalho que o Espiritismo realiza, contribuem mensalmente com pequenas quantias que são de grande valor para as contas da casa. E ninguém é tão pobre que não tenha algo para doar. Se a doação for em dinheiro, este deve ser usado na manutenção da casa espírita (água, luz, produto de limpeza e higiene, etc.), no material que ajudará na divulgação e entendimento do Evangelho segundo a visão espírita (panfletos, jornais, rádio, TV, etc.), mas principalmente no auxilio aos irmãos mais carentes de qualquer religião (remédio, roupa, cestas básicas, etc.). Não concordamos em guardar o dinheiro “DO SENHOR” em poupança e aplicações diversas enquanto há tantos irmãos necessitados de auxilio. Também não achamos correto usá-lo para viver. Entendemos que o dinheiro é para a obra do “Senhor”, não para a obra dos “senhores” que falam do “Senhor”. Os trabalhadores espíritas são voluntários sem remuneração material, só espiritual. Temos como exemplo Chico Xavier. Este viveu do salário de seu trabalho como servidor público. Todo dinheiro da venda dos livros psicografados por ele era e ainda é destinado a obras de caridade.


Se a doação for através do trabalho, este significa dispensarmos algum tempo disponível em serviço voluntário destinado a Caridade. Mas a Doutrina ensina como devemos fazer doações. Ela pede que ao nos comprometermos em ajudar, seja com dinheiro ou trabalho, devemos cumprir o quanto possível com o compromisso livremente assumido. Que não devemos começar a fazer algo por empolgação ou assumir dois ou mais trabalhos e faltarmos por qualquer motivo. É preferível escolhermos apenas um e fazer bem feito. Afinal, o cristianismo exalta a responsabilidade, o cumprimento da palavra e do dever. Pois a instituição passa a contar com nossa ajuda e se falharmos, sobrecarregaremos alguém seja no trabalho ou na parte financeira. E se o compromisso for em creches, asilos, hospitais, ou seja, onde pessoas aguardam nossa ajuda ou visita, pensemos ainda mais antes de começarmos, para que nossa ausência ou desistência não frustre estes carentes emocionais. Não podemos esquecer que, no trabalho que buscamos o pão espiritual recebemos remuneração espiritual e quando faltamos ou abandonamos não somos punidos, mas adiamos o pagamento de nossas dívidas, porque aprendemos que: “O AMOR COBRE MULTIDÕES DE PECADOS” (I Pedro 4,8), ou seja, todo amor que estendermos ao próximo estaremos quitando multidões de erros, tropeços ou falhas que cometemos quando transgredimos a lei divina, seja nesta encarnação ou na anterior. Exemplo: há mulheres que são estéreis porque geralmente abortaram em outra encarnação, e revertem este carma quando adotam uma criança. Como vemos, quando ajudamos o próximo, somos os maiores beneficiados.


Portanto, CARIDADE é o dízimo que Deus espera de nós e é o que os espíritas ofertam (ou estão aprendendo a ofertar) a Ele através do próximo, seja ele espírita ou não.


 
 

domingo, 30 de janeiro de 2011









Hoje é tempo de ser feliz!


A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.


Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...


Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"


Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.


Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!


Infelicidade, talvez seja o contrário.


O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!


Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.


Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...


Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.


Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...


Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...


Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...


Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...


Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.


Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.


Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.


Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.


Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...


A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."


Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.


Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.


Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
Padre Fábio de Melo

Adoção um ato de amor!



Adotar uma criança é sim um ato de amor, incondicional. Segundo Allan Kardec:

“O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito” (Evangelho Segundo o Espiritismo – Kardec, A.)


Quando adotamos, ou pensamos em adotar uma criança, devemos estar cientes de que entra para nossas vidas um outro ser humano, com uma bagagem afetiva, genética, histórica, diversa da nossa. Por outro lado, se pensarmos bem somos todos adotados, pois ninguém é propriedade de ninguém. Um filho nosso de hoje poderá vir a ser nosso pai ou mãe amanhã. Isso é o que estabelece a lei da reencarnação.


Neste plano terreno, onde tantas são nossas provas e expiações, assumir os cuidados para com uma criança que se encontra sozinha no mundo constitui a um só tempo, formar as bases para se criar um ser humano mais feliz e cumprir com uma etapa de uma encarnação bem sucedida. desta forma ter um filho adotivo ou biológico semper será para a família uma forma de ressarcir debitos anteriores, direta ou indiretamente, independente de serem da família ou da própria criança.


Qualquer pessoa pode adotar uma criança, desde que maior, com condições psicológicas e financeiras estáveis. Há uma crítica quanto aos casais homossexuais serem capazes ou não de adotar uma criança. Pessoalmente acredito que onde há amor, há compromisso e há a necessidade de ser amado, todas as maneiras de amar podem ser possíveis, afinal, são de almas reencarnantes de que estamos falando.


Aonde há exercício da afetividade e da solidariedade fraterna, há progresso. NO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, Cap. XI, item 9, diz: “Disse Jesus: ‘Amai o vosso próximo como a vós mesmos’. nossa relação com o próximo deveria de ser ilimitada, sem famílias, nações ou seitas para bloqueá-la, ou seja, a humanidade inteira. De livre arbítrio do indivíduo entender se o exercício que está fazendo dentro da relação é de solidariedade, desenvolvimento de laços fraternos, ou se apenas está baseado nas sensações e na busca da sensualidade.


Levando em conta que a constituição de laços de família é uma necessidade do Espírito, a família terrena é um instrumento para a construção da família espiritual. Desta forma, devemos ponderar que, ao adotar uma criança, devemos também estar conscientes de que assumimos a responsabilidade da problemática do ser adotado. O espírito Joana de Angelis nos alerta que os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos. Portanto, se você pensa em adotar uma criança , você pode estar adotando, nada mais nada menos, um ser que de alguma maneira está relacionado com sua vida anterior. Somos todos irmãos, ligados por um mesmo laço: cada indivíduo que passa por nós, nos deixam um pouco de si e leva um pouco de nós, Fernando Pessoa já dizia isso, quem somos nós para refutá-lo?


Entretanto, há aqueles casais que optam por uma união sem filhos, naturais ou adotados. Tal situação não atende a todas as finalidades do casamento segundo a Doutrina Espírita, uma vez que “A reprodução é uma Lei da Natureza sem ela o mundo corporal pereceria” (LE, 686). Segundo um planejamento feito anteriormente (no Plano Espiritual), um casal pode chegar a nunca ter filhos, atendendo a tarefas humanitárias, trabalhando pelo próximo, fazendo o bem ser ver a quem, em milhares de orfanatos, asilos, escolas e lares espalhados nesse planeta.


Um casal impossibilitado de ter filhos, agiria de acordo com a Caridade se os adotasse, pois esse seria um caminho de atendimento a algumas dessas denominadas ”tarefas humanitárias”. Se eles desejam filhos e não os consegue ter é porque certamente estão num processo de reabilitação, que eles podem apressar com a adoção de crianças desvalidas.


Enfim, adotar uma criança é um grande ato de amor e uma solução feliz para aqueles casais que não podem ter filhos ou para os que têm e sentem a necessidade de amparar mais um ser. Desta forma não estamos trazendo para dentro de nossas casas filhos sem pai nem mãe, mas sim, grandes afetos nossos de passadas reencarnações, espíritos com quem devemos nos reajustar. Os Órfãos, no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap 13, item 18), diz:


Os órfãos – 18. Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.


Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício!


Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei.


Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever.


Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando!


Dai delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, e um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos. – Um Espírito familiar. (Paris, 1860.) 


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Deus tem preferência?


sábado, 29 de janeiro de 2011

Ame!




A inteligência sem amor te faz perverso.
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz ávaro.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz fútil.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor...
... não tem sentido !!!!!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Palavras e Atitudes


“A palavra é traiçoeira, escorregadia. Como a exemplo das partículas atômicas, não se pode dizer onde exatamente ela está. Apenas determina-se um campo de probabilidade em que ela esteja vibrando num horizonte de possíveis significações. As palavras pairam, como dizia Drummond; a nós basta colhê-las e pô-las à mesa, tecê-las em malhas as mais diversas. Ao Homem, quando da sua primeira queda, coube levar consigo a consciência colhida em bagos; o peito ardendo em brasa sob o pecado da palavra, e o horizonte a frente aguardando a construção; Menos tijolos e pedras que uma Babel de signos.”

“Às palavras não é dado o existir sem posse. Elas só são quando efetivamente representam, quando designam a coisa ou o que quer que seja que chamem de referencial. Em outros termos, não há palavra se não pulsa nela a alma do que a atravessa: os homens, o tempo e o espaço que se amalgamam para perfazer aquilo a que chamamos História.”
Acildes Mendes Júnior - livro "Pala(lavras) em Terra: Forja e Coifa de uma Região

“Em síntese, o poder da palavra em nossa vida é fundamental e se observarmos a reação de nossas afirmações e atos, descobriremos que eles não retornarão jamais vazios, mas sim, repletos do material emitido.”
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto

“por nossas palavras seremos justificados, e por nossas palavras seremos condenados.”
Jesus em Mateus 12:37