sábado, 3 de novembro de 2012

Filme Bakhita

Uma mensagem de amor, misericórdia e bondade. O ano é 1948 e Aurora Martin chega ao convento de Canossian aonde Bakhita acabou de morrer e acaba recordando a incrível vida e mulher que cuidou dela quando menina. Nascida em uma vila no Sudão, seqüestrada por traficantes e vendida a Frederico Martin, um mercador italiano.

De volta à Itália, Bahkita se torna baba de Aurora, que perdeu sua mãe no nascimento. Mesmo com uma violenta oposição dos camponeses e moradores locais, Bakhita abraça a fé católica graças ao Padre Antonio. Contrariado, Frederico Martin não aceita, pois a considera sua propriedade, e agora vai caçá-la a fim de trazê-la de volta. No ano de 2000 ela foi declarada Santa pelo Papa João Paulo II.


Deputados divergem sobre o fim do exame da OAB

Deputados presentes à audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle divergiram nesta quarta-feira (31/10) sobre o fim da exigência de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da advocacia. A comissão promoveu audiência pública sobre as propostas que tramitam na Câmara dos Deputados para acabar com o exame.
Enquanto alguns deputados consideram que o exame da OAB penaliza o estudante e não resolve o problema de baixa qualidade no ensino e de excesso de cursos de Direito no País, outros defendem a manutenção do exame para atestar a competência do profissional. O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Amaro Henrique Lins, disse que o MEC apoia a exigência da prova e "tudo aquilo que vier se somar para mais qualidade no sistema educacional". Na sua visão, o exame profissional é complementar à formação universitária. A última tem caráter mais humanista e a primeira mais profissional.
Amaro Lins afirmou que o MEC estuda a mudança dos mecanismos para a criação de cursos em faculdades no Brasil. A proposta de criação de um curso não seria mais feita no "balcão" do ministério, mas a partir de editais, elaborados com base em estudos sobre as demandas educacionais e profissionais do País. "Se há excesso em vagas no Direito hoje, vamos apontar locais em que os cursos ainda são necessários, onde ainda há demanda de advogados", exemplificou.
Segundo ele, as prioridades do ministério são a supervisão e a avaliação da qualidade do ensino no Brasil.
PARÂMETROS DIFERENCIADOS
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que solicitou a audiência, destacou que a advocacia é única profissão que exige aprovação em exame de conselho de classe para ser exercida. "É a única profissão em que o profissional se forma e não pode exercer a profissão", disse. Cunha é autor de um dos projetos que pedem o fim do exame (PL 2154/11). Na Câmara, tramitam, em conjunto, 18 propostas sobre o assunto.
De acordo com o deputado, o argumento da OAB para a manutenção do exame é a baixa qualidade dos cursos de Direito do País. "Mas nenhum curso é criado no Brasil sem ser ouvida a opinião prévia da OAB", salientou. "A OAB culpa o governo e o governo se omite", completou. O parlamentar disse ainda que considera o exame "um caça-níqueis". Conforme ele, a prova tem "pegadinhas", e existe uma verdadeira "indústria" de cursos de preparação para o exame.
RIGOR COM CURSOS
Na opinião de alguns deputados, como Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Edson Santos (PT-RJ), para garantir a qualidade no exercício da advocacia no Brasil, é preciso melhorar o ensino nas faculdades de Direito. "O governo deve ter coragem de fechar faculdades", disse Caiado. "É a faculdade que deve ser penalizada, não o jovem", completou Santos.
O deputado Sibá Machado (PT-AC) lembrou que o Brasil tem o maior número de cursos de Direito no mundo e disse que a qualidade deles é duvidosa. O presidente da Comissão de Fiscalização, deputado Edmar Arruda (PSC-PR), também criticou o alto número de cursos. "Precisamos ser mais rigorosos na aprovação dos cursos", afirmou. Já o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) destacou o baixo percentual de aprovação no exame da Ordem. Na visão dele, isso ocorre porque o ensino é ruim. "Não é a prova da OAB que vai transformar esses graduados em bom profissionais", ponderou.
EXAME POR TEMPO LIMITADO
O deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) defendeu a exigência do exame: "Em um mundo ideal, teremos condição de fiscalizar com cuidado cada um dos cursos, e não por amostragem. Antes disso, temos que proteger a sociedade, garantindo que haverá um bom exercício da advocacia". Os deputados José Mentor (PT-SP) e Vicente Candido (PT-SP) também defenderam a manutenção do exame. "Tem que ter esse tipo de cuidado de atestar a competência do profissional nesta e em outras categorias", afirmou Cândido.
O deputado Hugo Leal (PSC-RJ) também foi favorável à existência da prova, mas apontou que é preciso analisar detalhes sobre a aplicação do exame, como o valor de inscrição. Ele também disse ser necessário investigar a existência de irregularidades. "Algumas mazelas precisam ser enfrentadas e situações dentro do exame precisam ser mudadas", destacou. Fonte: Agência Câmara
Autor: Marilia Costa e Silva

Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano

Em 430 d.C., a cidade sitiada de Hippo, o bispo de setenta anos Augustino conta a Jovinus, capitão da guarda romana, a estória de como sua mãe Cristã, Mônica, o salvou.
Nascido na cidade norte africana de Tagaste, Augustino estudou em Cártago, se tornando realizado mas dissoluto orador.
Após se converter para o Maniqueísmo, uma religião livre de culpa, ele foi chamado para a corte imperial em Milão para servir como oponente do Bispo Cristão Ambrose.
Mas quando a imperatriz Justina envia guardas imperiais para liberar uma basílica onde a própria mãe de Augustino está rezando, ele é vencido para o Cristianismo.
De volta em Hippo, Augustino implora ao cerco Romano para negociar com o Rei Vândalo, Genseric, mas ele orgulhosamente recusa.
Nesse ponto, ele também, abrindo mão de uma oportunidade para escapar em um navio enviado pelo Papa para resgatá-lo, ele fica ao lado de seu povo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Bondade e Caridade Mal Entendidas

Eu tenho feito referências a estas coisas em vários artigos que escrevo, mas, devido a permanência do equívoco persistente na cabeça de muitas pessoas, acho sempre interessante voltar a falar do assunto.
Digo respeito ao entendimento que as pessoas têm em relação à bondade e à caridade.
É fundamental que todo mundo entenda que ser bom e ser caridoso não significa ser besta e nem masoquista.
Muita gente acha que ser bonzinho para os outros, generalizadamente, significa o exercício de uma conduta elevada, comportamento cristão e afinidade com o alto.
Acha, também, que tolerar e se calar diante das imperfeições dos outros, significa o exercício da Caridade.
Muitos entendem que sofrer pelos outros, indiscriminadamente, é também condição “sine qua non” para a evolução espiritual.
Mentira, conversa fiada, não é nada disto.
Essas coisas precisam ser melhor entendidas pelas pessoas, que precisam sempre botar as suas inteligências pra funcionar, dentro de critérios lógicos com todos os requisitos de sensatez.
Vamos pensar, gente.
Você acha que Deus, Inteligência infinita, verdadeira Bondade em nível do tamanho do universo de todas as galáxias, capaz de construir a imensidão do micro ao macro, seria capaz de instituir certos parâmetros de vida aquém do que alguns homens fossem capazes de fazer?
Pense bem: Por mais inteligente, genial e excepcional que fosse um homem, é possível entender que ele possa ser melhor do que Deus?
Claro que não, né?
Só mesmo na cabeça de crentes fervorosos da Bíblia, que acreditam ser possível o Criador fazer aquelas atrocidades absurdas que têm ali, coisas que a maioria dos seres humanos não faria, tamanho é o nível de inferioridade da ação.
Como é que alguém, que tem o conhecimento da doutrina espírita, pode ainda entender Deus tão pequeno?
Pois bem:
É impossível o Criador fazer alguma coisa errada, em relação à gente. Aquela conversa de que “Deus escreve certo por linhas tortas” é outra idiotice que alguns inventaram e muitos saem por aí repetindo. Ô frasezinha mais besta.
Se é para aproveitar a frase, deveríamos dizer:
“Deus escreve certo, por linhas certas, que geralmente é lido pelas nossas vistas tortas”.
Aí sim, teria sentido.
Deus jamais criaria mundo nenhum para os seus filhos sofrerem.
Vamos então questionar nos detalhes das bondades e das caridades.
Muitas pessoas confundem o “ser bom” com o “ser bonzinho”, que são coisas totalmente diferentes.
O “ser bonzinho” é o comportamento que faz a gente ser idiota, tendo que concordar com tudo o que o nosso semelhante faz, dar a ele tudo o que ele quer, dizer amém para tudo o que ele diz, adotar postura “calminha” diante do seu comportamento, ou seja, dar uma de santo, diante dele. É um comportamento que, na linguagem dos políticos, se enquadra naquilo que é chamado de “politicamente correto”, alguma coisa extremamente ridícula.
Dentro desse universo do “bonzinho”, a gente encontra aqueles tipos de comportamentos mais ou menos assim:
- “É melhor se calar, diante das ofensas dos outros”.
- “Somos obrigados a engolir sapos, para evitar problemas maiores”
- “Ah, essa pessoa não tem jeito e a gente já desistiu de tudo, em relação a ela”
Conversa fiada, a vida não pode ser desse jeito.
Observemos Jesus, que é o nosso maior modelo e guia: Ele nunca se calou diante de nenhum abusado, prepotente e viciado na maledicência.
É preciso que tenhamos habilidade suficiente, com certo conhecimento de Psicologia, o que não é impossível para ninguém, a fim de avaliarmos o comportamento de cada ser humano com o qual convivemos, caso a caso, para podermos distinguir que tipo de terapêutica devemos  adotar em relação a cada um.
Com um pouco de inteligência de observação, podemos detectar qual é a criatura que está tendo um comportamento agressivo e ofensivo em relação a nós e ao seu semelhante, por conseqüência de uma enfermidade, um desajuste momentâneo, um desequilíbrio qualquer ou até mesmo um processo obsessivo.
Neste caso, a pessoa não é agressiva ou maldosa, ela está agressiva ou maldosa.
Aí, numa situação como esta, devemos ter um certo tipo de comportamento e atitude, conforme o quadro do “paciente”, o que não quer dizer, mesmo assim, que tenhamos que ser bonzinhos, porque é preciso que entendamos que a postura enérgica e dura, muitas vezes, constitui-se no remédio indispensável para a pessoa, naquele momento que ela está.
Mas há casos de pessoas que não estão agressivas, não estão ofensivas e não estão em baixo astral; muito pelo contrário, elas SÃO agressivas, são ofensivas, adoram atacar, ofender, agredir e prejudicar os outros, porque isto faz parte das suas personalidades e dos seus caracteres.
Aí, neste caso, a nossa postura não deve ser a mesma, porque não temos nada que ser “bonzinhos” e “caridosos” em relação a elas, posto que, elas nunca estão nem aí para a sua bondade, a sua caridade e o seu estilo mais evoluído espiritualmente.
Se você é surpreendido na via pública por uns elementos armados, com as caras cheias da cocaína, da maconha e do crack, do tipo que não tem nada a perder, apontando-lhe uma arma, vai querer pedir para que ele “pense em Jesus”, “reflita nos seus atos”, “pense no que poderá acontecer contigo na próxima encarnação”, em conseqüência daquele ato que está praticando?
Sinceramente, com toda lucidez, você acha que essa sua evoluçãozinha vai surtir algum efeito para ele?
Você estará falando grego com ele, que está em outro nível totalmente aquém, num mar de lama terrível. Ele vai é meter uma bala na sua cara, como os safados que atiraram na menina de 15 anos, semana passada, mesmo depois dela ter-lhes entregue o celular sem reagir. Quantos e quantos casos semelhantes têm acontecido.
Reflitamos em Jesus, mais uma vez:
Imaginemos se, naquele episódio dos vendilhões do templo, ele agisse assim:
- “Meus irmãozinhos queridos, não me levem a mal, mas vocês não acham que seria bem melhor vocês venderem os seus produtos em outro lugar, que talvez até possam ter uma boa movimentação de pessoas, e não aqui, por se tratar de um templo sagrado?
Olhem, não estou querendo me meter no negócio de vocês, desculpem, viu? estou falando apenas como um amigo, com toda caridade. Mas pensem bem, irmãos queridos, pois eu acho que ficaria melhor para vocês”.
Foi deste jeito que ele falou? Foi com este tom que ele falou?
Claro que não! O mesmo Jesus, que sempre foi meigo para muitos, que sempre compreendeu as imperfeições de muitos, sabia distinguir o que era gente que estava passando por algum problema e gente que era o problema, gente sem vergonha, gente descarada.
Você vai querer ser melhor do que ele?
Sugiro, mais uma vez, aquilo que sempre falo em minhas palestras: que revejamos o exemplo da Benzetacil, uma injeção que doía que nem uma desgraça, mas que durante muito tempo era o remédio indispensável para a cura de muitas enfermidades.
Qual a pessoa, com mais de 40 anos e idade, que já tenha passado por ela e que hoje alimenta algum trauma e ódio contra o médico que receitou e a enfermeira que aplicou na sua bunda?
A mesma visão devemos ter em relação a muitas pessoas: É preciso uma benzetacil para fazer com que muita gente deixe de ser besta e pare com as suas frescuras em relação aos outros.
Tem gente que tem prazer em ser agressivo, chantagista, provocador, maldoso, venenoso e ofensivo às outras pessoas e, com certeza, você conhece muitos assim, talvez até mesmo dentro do seu próprio lar.
E vai ficar aí, que nem uma besta, bonzinho, humildezinho e caridosinho em relação a uma praga dessa, sem tomar atitude nenhuma?
Muitas pessoas precisam aprender a ser firmes diante das outras, principalmente daqueles que lhes são mais queridos:
- “Mãe: eu te amo, eu te adoro e te tenho todo carinho do mundo, mas pare com essa sua chantagem e essa sua frescura, que eu não tolero mais.”
- “Meu filho, eu te adoro e te amo, mas eu não tolero os seus abusos e seus excessos dentro de casa; ou você para com isto ou eu te boto pra fora de casa, pra deixar de ser besta”.
Gente, é o remédio indispensável que muita gente precisa!
Muita gente fica imaginando que com os seus gestos de “bondade” estão sendo úteis as pessoas, quando é o contrário. Quanto mais você se cala e tolera os chiliques, as chantagens, a falta de educação, os ciúmes, as agressões e as provocações dos desequilibrados, em nome da “bondade” e da “caridade”, em vez de ajudá-lo você agrava mais a situação de desequilíbrio dele. Aí que ele vai continuar desse jeito, porque sabe que pode dominar todo mundo dentro de casa.
A Psicologia mais profunda e sem demagogia já orienta quanto a isto.
Lembra de uma reportagem que saiu no Fantástico, há mais ou menos uns três anos, sobre aquele caso do pai, sabendo que o filho, dirigindo bêbado, atropelou pessoas e foi presa, optou por não contratar advogado nenhum para tirar o delinqüente da cadeia e, muito pelo contrário, recomendou que a polícia o mantivesse preso?
Os parentes baixaram-lhe a língua, mas ele manteve-se firme na sua decisão.
Foi o melhor remédio que pode aplicar ao filho, que abandonou totalmente o alcoolismo, tomou vergonha na cara e consta que hoje é um homem de bem e mais consciente das suas responsabilidades.
“Não dê pérolas aos porcos”, também é ensinamento de Jesus, o mesmo que recomendou o “ame ao seu próximo, como a si mesmo”.
Há uma inversão de valores terrível no entendimento de certos ensinamentos, por parte de muitas pessoas, principalmente por espíritas.
O Espiritismo nos ensina que em algumas situações o sofrimento se torna indispensável para que a pessoa dê um basta nos seus excessos e não comprometa a sua encarnação. Daí muitos espíritas entendem que todos nós temos que SOFRER, para evoluir, colocando o sofrimento como condição única para a evolução.
O Espiritismo ensina que devemos procurar sempre fazer, também, pelo nosso próximo e não pensarmos na gente. Aí o espírita de racionalidade limitada entende que temos que fazer somente pelo nosso próximo, e nada pela gente. É daí que surge essa onda de masoquismo no meio espírita.
Está claro o ensinamento de Jesus: “Ame ao seu próximo, COMO A SI MESMO, mas muita gente tonta não presta atenção no detalhe do COMO A SI MESMO.
O Espiritismo nos recomenda para cuidarmos e zelarmos do nosso lado espiritual e não apenas do material. Aí alguns tontos espíritas acham que tem que viver em restrição absoluta, que deve evitar “essas coisas do mundo”, e recusam a ir a festas, a se divertir, a dançar e curtir a vida e fica em casa a velharada, sentindo cheiro de pêido um do outro, 24 horas por dia, esperando a morte chegar. Ora, tenha a santa paciência.
O idiota fica na ilusão de que não está vivendo no mundo encarnado. Acorda, tonto!!!!
O Espiritismo é uma beleza, mas quando as pessoas começam a ficar bestas, com esses ensinamentos idiotas promovidos pelo igrejismo de grande parte do movimento espírita, é terrível.
Aprendamos a ser firmes e decisivos sempre. A recomendação é para que sejamos BONS e não bonzinhos. Ser bom é ter caráter, dignidade, honestidade, decência, honra, cortesia, sinceridade, autenticidade, etc... e não em ser fingido, apenas para a platéia ver.
Ser caridoso é procurar ser útil, servir, compreender, instruir, educar e dar o remédio adequado na hora certa e não ficar aí querendo dar esmola, para a vista da platéia. Confundir caridade com esmola é uma tremenda burrice.
Portanto, para concluir, amemos sempre as pessoas, sejamos sempre carinhosas, brincalhonas, de humor elevado, abraçando, fazendo agradável a nossa companhia onde chegamos, deixando saudade por onde passamos, criando raios de luz por onde passamos; mas também, não titubeemos em ser enérgicos diante das pessoas abusadas, tratando-as com a energia que elas merecem ser tratadas, aplicando a benzetacil da vida com uma agulha bem grossa, pra elas deixarem de ser bestas.  

Abração.

                            Alamar Régis Carvalho

FILME NOSSO LAR

Comemoração dos Mortos

Após a morte

Depois da morte