terça-feira, 20 de novembro de 2012

Noivo que caiu sobre tulipa será enterrado nesta quarta em Manaus

O sargento da Marinha Fabio dos Santos Maciel, de 33 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (19), durante a própria festa de casamento, na Ilha do Governador, no Subúrbio do Rio, será enterrado nesta quarta-feira, em Manaus, conforme informou o RJTV. Ele faleceu após cair sobre uma tulipa que estava em um dos bolsos.
De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, um dos cacos de vidro cortou a veia femoral do noivo, que já chegou morto ao Hospital municipal Paulino Werneck, na Ilha, por volta de 2h30 da manhã.
Segundo uma testemunha, a festa já tinha terminado. Eram quase 2h da manhã e os noivos, alguns parentes e padrinhos estavam do lado de fora da casa de festa na Praia da Guanabara. Durante uma brincadeira com os amigos, Fabio tropeçou e caiu no chão.
Fabio dos Santos Maciel e Geise Guimarães namoravam havia sete anos e construíram juntos uma casa na Ilha, que ficou pronta há menos de um mês.
Feliz com o casamento, cerca de cinco meses antes da data da cerimônia, Fabio contou a novidade para os amigos no Facebook. "Gente, vou casar dia 18 de novembro de 2012... em breve estarão sendo convidados formalmente", disse o noivo, no mesmo dia em que criou o perfil na rede social.
De acordo com o dono da casa de festas, Fabio era extrovertido e estava feliz e animado com o casamento. No perfil da rede social, os amigos lamentavam a tragédia nesta terça e também enviaram mensagens de apoio à família.
Segundo o Instituto Médico Legal, o corpo foi liberado às 12h25 desta segunda-feira e foi encaminhado para Manaus (AM), onde mora a família do sargento, que integrava o Corpo de Fuzileiros Navais.

Fonte: G1

domingo, 18 de novembro de 2012

Desembargador deverá ser indenizado por ofensa de advogado

Os desembargadores 6ª câmara Cível do TJ/RS condenaram um advogado a pagar indenização, por danos morais, ao desembargador do Tribunal gaúcho Rui Portanova. O advogado teria utilizado documento falso para tentar provar que o magistrado estava recebendo suborno no processo da guarda do filho de um jogador de futebol. 
Segundo o desembargador Rui Portanova, autor do processo, Fernando Malheiros, na condição de advogado da mãe do menino, teria procurado vários Desembargadores no Tribunal de Justiça, em seus respectivos gabinetes. A portas fechadas, teria exibido prova documental de que o magistrado Rui Portanova, na condição de relator do recurso de apelação no processo que sua cliente disputava a guarda do filho, teria recebido do jogador a quantia de US$ 150 mil em conta bancária no Chile. Para comprovação do fato, teria sido utilizado documento falso.
Os desembargadores que foram procurados pelo advogado julgariam recurso de embargos infringentes relativos ao processo em questão. Quando tomou conhecimento do fato, por parte dos colegas, o Desembargador Rui Portanova decidiu ingressar na Justiça postulando indenização por danos morais.
No juízo do 1º Grau,o processo tramitou na 4ª vara Cível do Foro Central de Porto Alegre. De acordo com o juiz de Direito, Eduardo João Lima Costa, que julgou procedente o pedido,ficou comprovado que o réu agiu com culpa grave e de modo temerário. O advogado foi condenando ao pagamento de indenização no valor de R$ 30 mil, acrescido de correção monetária pela variação do IGP-M e juros de mora de 1% ao mês. Houve recurso da decisão.
O relator do processo no TJ/RS foi o juiz convocado ao TJ Niwton Carpes da Silva, que confirmou a sentença. Segundo o magistrado, o Advogado agiu de forma intencional e dolosa, condicionada à exibição ou não do documento ao resultado do recurso de embargos infringentes, no sentido de que se ganhasse a demanda haveria silêncio sobre os fatos, mas ao contrário, se perdesse a demanda, o documento seria divulgado e ganharia o conhecimento público.
O documento exibido como objeto material da corrupção do autor, que acenava com recebimento de propina enquanto magistrado e desembargador-relator de processo, recebido pela parte contrária, por se tratar de simples cópia de cópia, já era merecedor de reservas e desconfiança, por isso mesmo, já conceituado pelas testemunhas como papel ou documento rústico, tanto que desqualificado em perícia técnica que concluiu como fraudulento, adulterado e fruto de montagem, afirmou o relator.
O magistrado aumentou o valor da indenização para R$ 600 mil. Diante da enorme gravidade dos fatos, ponderando as condições econômicas do réu ofensor e também levando em conta o nível sócio-cultural do autor ofendido, suas atividades e patrimônio, tenho que a sentença deve ser modificada a fim de majorar a verba indenizatória pelos danos morais. Também participaram do julgamento os Desembargadores Luís Augusto Coelho Braga e Artur Arnildo Ludwig, que acompanharam o voto do relator. As informações são do TJ/RS. 

 Fonte: Migalhas

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'O inferno é o presídio', afirma ex-detento

Déficit de vagas no sistema prisional brasileiro é de mais de 208 mil.
Crítica de ministro da Justiça à situação das prisões gera debate.

“O inferno não é embaixo da terra; o inferno é o presídio”. Com essas palavras o ex-detento R.S. (*), 39 anos, definiu os 12 meses nos quais ficou encarcerado em uma penitenciária, na cidade de São Paulo.

Na última terça (13), durante um encontro com empresários em São Paulo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que "preferia morrer" a ficar no sistema penitenciário brasileiro, o que gerou um debate durante a semana sobre a situação nas prisões. “Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer”, afirmou.

Preso por furto, o ex-detento R.S. enfrentou os piores momentos de sua vida dividindo uma cela, com capacidade para seis pessoas, com outros 56 presos. “É horrível. Você não tem privacidade, não tem lugar para todo mundo dormir. Ficava todo mundo no chão, no banheiro. Às vezes, tinha que revezar, cada um dormia um pouco”, relembra.

O Brasil tem hoje uma população carcerária de 514.582  presos, a despeito de existir uma capacidade projetada para 306.497 detentos. Isso significa um déficit de 208.085, segundo dados de dezembro de 2011 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) -- órgão ligado ao Ministério da Justiça.

“O grande problema do sistema prisional é a superlotação. Ela impede que o preso tenha uma vida digna. Por conta dela, os detentos acabam tendo que brigar por necessidades básicas, por exemplo, por um lugar onde dormir”, acredita a procuradora Paula Bajer, membro do grupo de trabalho Sistema Prisional, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, vinculado ao Ministério Público federal.

De acordo com a procuradora, a ausência de uma assistência médica aos presos também é um problema a ser enfrentado. “Hoje, há um atendimento médico deficiente nos presídios.” Além disso, as péssimas condições de higiene são um grande vilão.

“Fiquei doente, porque aquele lugar é imundo, tem barata para tudo que é lado. Tive muita tosse”, conta o ex-detento. Ele revelou ainda que nunca passou por uma consulta médica dentro do presídio. “O único remédio que eles dão é dipirona e laxante. Os medicamentos que tomei foram depositados pela minha mãe no dia de visita”, afirma.

“O pior de tudo é o que eles fazem com a gente durante as revistas. Eles batem em todo mundo com pedaços de pau, soltam bomba de gás, soltam cachorro, jogam nossas roupas no chão”, relembra R.S. De acordo com ele, essas sessões de violência aconteciam ao menos uma vez por mês.

Ele revela ainda a existência de drogas e celulares dentro da carceragem. “O que mais tem é droga, de todo tipo. Tem mais lá dentro do que aqui fora. A própria droga é um calmante para os detentos”, explica.

Já os celulares são de uso restrito dos integrantes da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. “Quem faz parte da facção tem livre acesso a esses telefones. Eu não tinha telefone nenhum”, acrescenta o preso.

Casado e pai de duas meninas, M.S hoje trabalha como instrutor em uma autoescola. “Hoje sou um trabalhador registrado, não quero mais saber de coisa errada. Tirei uma lição disso tudo que passei: coisa errada não compensa. Não ganhei nada com isso e perdi um ano de liberdade”, afirma.

O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, mas ninguém atendeu as ligações.

PresídiosPara acabar com o déficit de vagas, o governo federal lançou, no ano passado, um plano que prevê R$ 1,1 bilhão para a criação de vagas em penitenciárias até 2014. O dinheiro servirá para financiar 20 mil vagas contratadas durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras 42 mil a serem contratadas no atual governo. O problema é que, um ano após o lançamento, nenhum presídio teve a construção iniciada, informou o ministro da Justiça durante uma videoconferência com a imprensa, na última quarta-feira (14).

Presos provisóriosSegundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o estado com maior percentual de presos provisórios, aqueles que ainda aguardam julgamento, é o Rio de Janeiro com 72%, seguido do Rio Grande do Norte (71%), Mato Grosso (70%), Mato Grosso do Sul (66%) e Alagoas (62%). Em todo país, há 196.860 detentos nessa condição, 39,8% do total.

Para a promotora Paula Bajer, a prisão provisória é utilizada em excesso no Brasil. “Nas leis penais, a prisão provisória é excepcional. Se não estiverem configurados os quesitos da prisão provisória, então a pessoa deve ser colocada em liberdade, isso está na Constituição Federal e nas leis.”

De acordo com ela, é preciso fazer uma varredura nos sistema prisional brasileiro, a fim de identificar os casos em que a pessoa pode responder em liberdade. “É necessário um exame meticuloso caso a caso para verificar a necessidade da detenção provisória”.
O excesso de presos provisórios foi alvo da nova lei de fiança (Lei 12.403), que criou medidas cautelares com o objetivo de combater a banalização da prisão provisória no país. No entanto, a legislação, em vigor desde agosto de 2011, não resultou em uma diminuição na população carcerária brasileira, como acreditavam seus defensores.

A intenção da lei era não mandar para a prisão alguém que, mesmo condenado, não seria preso (uma pena de 2 anos, por exemplo, seria substituída por prestação de serviço à comunidade, mas em muitos casos, o réu ficava preso mais do que isso antes de ser julgado).


MutirõesDe 2008 a 2011, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou mutirões carcerários para avaliar a situação dos processos de presos provisórios e condenados, além da situação do encarceramento. No período, foram analisados 415 mil processos, com o objetivo de garantir o cumprimento da Lei de Execuções Penais e a dignidade dos detentos.
O resultado revelou dados assustadores: 36 mil pessoas que já deveriam estar soltas foram libertadas, e outras 76 mil em condições de receber progressão de pena finalmente tiveram o benefício concedido. O órgão listou ainda os problemas encontrados nas unidades prisionais, entre eles, superlotação, condições insalubres e maus-tratos.

Em São Paulo, o relatório do CNJ aponta ainda problemas como o inexpressivo número de análise dos benefícios de comutação e indulto; duplicidade de condenações e de execuções derivadas de um mesmo crime; inexistência de atendimento jurídico ao preso; e morosidade no julgamento dos recursos.

O desrespeito às regras do regime de cumprimento da pena também é recorrente nos presídios de São Paulo. “São raros os estabelecimentos adequados para o cumprimento das penas em regime semiaberto e quase inexistentes aqueles destinados ao regime aberto. Na prática, a maioria dos apenados em regime semiaberto se submete às regras do regime fechado”, aponta o texto.

CPI do Sistema Carcerário
Em 2008, a Câmara Federal instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os problemas do sistema carcerário no país e apontar soluções. Após oito meses de trabalho e diligências em 102 presídios de 18 estados, o grupo constatou uma série de problemas.
 
“Constatamos a existência de um inferno. Não existe um sistema carcerário no Brasil, mas sim um inferno, um caos, fragmentos de uma bagunça generalizada”, disse o relator da CPI, deputado Domingos Dutra (PT-MA).

A comissão também relatou os conhecidos problemas da superlotação e falta de oferta de estudo e trabalho dentro dos presídios.

O relatório chama ainda a atenção das autoridades para a acomodação indiscriminada dos presos. “É uma salada de presos, uma mistura de presos provisórios com sentenciados, jovens com idosos, dos que cometeram pequenos delitos com os de alta periculosidade, de detentos doentes com saudáveis”, afirmou o deputado, lembrando que o próprio Código Penal estabelece uma separação por idade, sexo e tipo de pena.

Na opinião do relator, o descaso do poder público com o sistema prisional tem um motivo: “Não encontrei nenhum colarinho branco preso em nenhum estabelecimento penal. Não encontrei nenhum ‘granfino’. Só gente pobre, lascada, que viveu a vida inteira na periferia.”

Ao final dos trabalhos, a CPI encaminhou um relatório discriminando os problemas e apontando soluções aos poderes. A comissão também acabou indiciando 36 pessoas, entre juízes, promotores e diretores de estabelecimentos prisionais.

Foram apresentados 12 projetos de lei, que estão hoje em tramitação na Câmara. Dois deles já foram aprovados e viraram leis: o primeiro estabelece que, a cada três dias trabalhados pelo detendo, a pena é reduzida em um dia. O segundo aplica o mesmo princípio ao estudo.

“A maior contribuição da CPI foi com relação à mudança de mentalidade do poder público e da sociedade. Antes dela, só se falava do sistema carcerário quando havia rebelião. Hoje, o Estado já se deu conta que deve fazer uma política séria para o sistema prisional ou a segurança pública não terá solução”, concluiu o deputado.

(*) A pedido do entrevistado, o G1 manteve em sigilo sua identidade.

Fonte: G1

Homem se amarra a cruz e pede justiça no fórum de Contagem

O publicitário André Luiz dos Santos, de 51 anos, saiu da cidade de Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, e chegou a Contagem neste domingo (18) para acompanhar de perto o júri popular do goleiro Bruno Fernandes e mais quatro réus, pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para ele, Eliza está morta, e espera que a justiça seja feita.
(A partir de segunda, dia 19, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
“Acredito que a Eliza está morta. Mas não os condeno. Peço justiça”, explica o protestante. Ele está amarrado a uma cruz que diz ter cerca de 40 quilos, em frente ao fórum da cidade, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O mineiro, que é casado e tem três filhos, explica o motivo do protesto. “Primeiramente, sou pai. E existe uma criança órfã, um corpo desaparecido, uma mãe querendo saber onde a filha está. A criança órfã, com uma história que tem um pai preso e uma mãe desaparecida, ou assassinada. E mais ainda, é um jogador que tinha toda condição de estar na seleção brasileira, e tinha muitos fãs dele que se inspiravam nele como goleiro”, relatou.
André dos Santos conta que já fez vários protestos com o mesmo motivo pelo país e até na Argentina. Ele diz que esteve nos julgamentos dos casos Eloá e do casal Nardoni, ambos em São Paulo, já participou da marcha contra a corrupção em Brasília, esteve no julgamento do Mensalão, também na capital federal; esteve na chacina da Cinelândia e na escola Tasso da Silveira, em Realengo, ambas no Rio de Janeiro. André ainda conta que foi à Argentina protestar contra a corrupção naquele país.
“Eu busco a justiça, literalmente, para mostrar para a sociedade para confiar mais no [Poder] Judiciário. O Joaquim Barbosa (ministro do Supremo Tribunal Federal) está mostrando para o país que pode acreditar na Justiça”, disse.
Sobre a expectativa pelo júri do caso Eliza Samudio, ele diz que, para ele, a sociedade já condenou o goleiro. “Pela sociedade, ele já foi condenado”.

 Para ler mais sobre o Caso Eliza Samudio, clique em g1.globo.com/minas-gerais/julgamento-do-caso-eliza-samudio/.




O insano diário secreto de John McAfee

John McAfee escreveu um diário em três partes sobre sua conturbada história em Belize. Ele é procurado pela polícia.

John McAfee, fundador da empresa de antivírus de mesmo nome, está sendo procurado pela polícia em Belize para ser interrogado sobre o assassinato de expatriado americano Gregory Faull.
Em setembro deste ano, McAfee publicou um diário em três partes de suas recentes "aventuras" em Belize em um fórum privado, onde ele descreveu como sua vida foi transformada - e de acordo com a McAfee, ameaçada - nos últimos dois anos pela corrupção no governo local e nacional, assim como por seu harém pessoal de mulheres locais. De acordo com a McAfee, uma dessas mulheres, "Amber Smith", era uma assassina. Ele chamou a história de "Darkness Falls".
Eis a história da McAfee em suas próprias palavras. Os nomes de pessoas não-públicas foram alterados, e detalhes que pudessem identificá-las foram editados.
***
Nota do autor: Esta é uma história em três partes, pois não é possível contá-la de uma só vez. A Parte Um, a seguir, define o cenário para a história.
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Contar esta história de forma visual não seria possível sem a presença d'[O Cartunista] antes e durante o clímax da história. Ele levava sua câmera constantemente com ele e suas fotografias narraram os acontecimentos e capturaram a essência dos personagens na história. [O Cartunista] tem colhões de aço, aliás.
Esta é uma história de intriga e mentiras, envolvendo grandes riscos e perigos. Ou, talvez, esta seja uma história de paranoia onde acontecimentos inócuos são mal interpretados por uma mente instável.
Minha mente.
Alguém próximo a mim perguntou se a paranoia pode ter desempenhado um papel na criação de muitos dos eventos nesta história. Essa pergunta me atingiu profundamente. Os eventos eram certamente fora do comum, e os motivos aparentes por trás deles beiravam o inacreditável - na verdade, um excelente indicador de paranoia. No entanto, eventos semelhantes com motivos semelhantes aconteceram comigo em menos de dois anos, e envolveram a mesma Amber que recentemente se apresentou para [omitido]. A garota era real, a arma era real e eu ainda estou praticamente surdo na minha orelha esquerda como um indicador que os eventos realmente ocorreram.
Talvez o dilema da paranoia seja causado por uma desconexão cultural. Muitos eventos que são comuns em Belize são desconhecidos nos Estados Unidos. A criminalidade violenta e generalizada é um exemplo. Poucos querem o envolvimento adicional de uma força policial que é em grande parte corrupta e universalmente brutal em uma situação já brutal e instável. Como outro exemplo, os maridos que têm múltiplas famílias simultâneas são a norma em Belize, e não a exceção. Isto dá origem a métodos exemplares de prevaricação e hipocrisia. A mentira em comunidade é certamente um dos exemplos mais estranhos de diferenças culturais. Por exemplo, não importa quanta animosidade e ódio exista entre os vários membros de uma comunidade da aldeia, eles, como uma só voz, menosprezam uma pessoa de fora e eles, sem exceção, todos aderem a qualquer engano que o consenso julgar necessário para afastar essa pessoa de fora. É um mecanismo de defesa surpreendente e poderoso. Então o sigilo e a mentira compõem o ar que todos respiram aqui. Ou talvez isso seja apenas a paranoia se justificando.
Mas chega de introspecção. Vamos continuar a história.
Por onde começar? Poderíamos começar quando eu chamei o primeiro-ministro de mentiroso na imprensa nacional há alguns meses. Ele ficou irritado, claro: isso provavelmente exacerbou minha situação, e certamente acelerou o plano dele para me expulsar do país, ou para acabar comigo. Mas isso parece ser tarde demais para ser um começo. Ou podemos começar com a minha recusa em ajudar o filho do primeiro-ministro, Shyne, ganhar uma libertação antecipada de uma prisão americana em 2009, ou a minha recusa em doar para partido político do primeiro-ministro no ano passado. Mas os eventos parecem demasiado brutos e mundanos para serem usados como o começo de uma história que, apesar de concentrada em ações com extremo destaque, era articulada sobre forças muito sutis.
Ou poderíamos começar com a minha chegada, há cinco anos, em Belize, que começou a desfazer lentamente o verniz já frágil de gentileza que estava presente em mim.
Mas isso parece muito remoto e, nos recessos sombrios da minha mente, isso é simplesmente um evento aleatório na cadeia de causa e efeitos que não tem começo. Não, o início da história tem que ser mais recente. Acredito que começa no período em que comecei a viver com cinco mulheres e meia. A mudança de vida foi motivada por uma necessidade de economizar tempo. Andar por aí visitando minhas várias amantes consumia recursos enormes, e meu tempo diário de viagem excedia a duração média de viagem entre Newark e Manhattan, ida e volta.
As cinco mulheres e meia são, na verdade, sete. E duas das mulheres que se comprometeram a relacionamentos com outros homens também vivem comigo. As duas mulheres são minhas duas ex-amantes, e uma delas ainda dorme comigo, então eu a conto como "meia". Os homens são ambos músicos, por puro acidente, e não por planejarem isto. As outras cinco mulheres partilham a minha cama de forma regular.
Minha querida Amber, que se apresentou a [omitido] há algum tempo, encontrou um bom músico gringo chamado Brandon, e se apaixonou. Ambos preferem morar comigo, por razões práticas óbvias, e Amber e eu ainda somos bem próximos.
E Susan, minha amante há 11 anos, agora tem um parceiro que mora aqui chamado Stephen. Stephen é [omitido], e é um dos melhores músicos que eu tive o prazer de conhecer.
As outras cinco mulheres são todas de Belize. A primeira, você já conheceu antes. Eu fiz uma história sobre Tiffany há dois anos e meio, que muitos de vocês pareceram gostar. Não muito tempo depois da história, Tiffany e eu nos tornamos amantes e, cerca de um ano atrás, ela se mudou para minha casa. Ela já não trabalha mais no bar. Ela tem [idade omitida] agora.
A próxima é Marly. Marly é prima de Amber, e somos amantes há um ano e meio. Ela tem [idade omitida]. Marly morou na aldeia de [omitido] durante a maior parte de sua vida, e foi criada em pobreza abjeta. Ela fala muito pouco inglês e tem o equivalente a uma educação de terceira série. Ela é suave e encantadora.
E então, temos Jane. Jane se envolveu, com 15 anos de idade, com um senhor chamado A.P. Leonard, o outro morador branco de Orange Walk. A.P. possui um Centro de Missão de 81.000m² chamado La Estima, cujo objetivo é "ajudar os necessitados". [Presumivelmente, McAfee está se referindo a esta missão. -Ed.] Ele está localizado no outro lado do rio, em frente à minha casa. Seu único programa ativo é ajudar as mulheres jovens carentes mandando outras jovens para as vielas de Orange Walk para convencer meninas rebeldes a irem para o centro. A.P. escolhe aquelas cuja necessidade pareça maior e lhes dá um emprego no local. O salário é de US$ 25 dólares por semana, e as jovens recebem um quarto - há 50 ou mais deles - e não é permitido sair dos quartos exceto para trabalhar. A.P. visita as jovens mulheres para lhes oferecer orientação espiritual tarde da noite. Da última vez que soube, havia cerca de 20 jovens no programa. Toda a propriedade é cercada por um muro de pedra de 4 metros coberto por vidro quebrado. Jane escapou do local cerca de quatro meses atrás, com a ajuda de um guarda de segurança, e encontrou seu caminho até mim. Sua irmã Amanda ainda está no local e se tornou uma consorte para A.P. Jane é prima de Tiffany. Ela tem [idade omitida].
E há Betsy. Betsy me caçou há dois anos para reclamar que um dos meus cachorros tinha comido uma de suas galinhas. Ela pesava 39kg e tinha a atitude e o temperamento de um wolverine. Ela disse: "Só porque você é um Homem Branco não significa que eu tenho que puxar seu saco! Eu não sou sua puta!" Eu gostei dela imediatamente. Betsy se mudou há 10 meses, ficou dois meses e saiu, e depois voltou há 5 meses. As coisas parecem mais estáveis ​​entre nós agora.
E depois há a Anna, e o começo da História, que não pode ser contada sem apresentar sua co-conspiradora:
A quem todos chamavam "Amber Dois".
Anna apareceu cerca de 4 meses atrás. O notório Nick, sobre quem eu fiz uma história para [omitido] há alguns anos, apresentou-a para mim. Nick a apresentou como sua prima, e a trouxe com ele para a ilha para uma visita de fim de semana. A primeira noite que ela estava aqui, ela se arrastou para o quarto de Jane, com quem eu estava dormindo no momento, e entrou na cama com a gente. Dentro de alguns minutos, ela simplesmente disse Jane para sair, o que Jane fez. Eu frequentemente me pergunto como a história teria sido muito diferente se eu tivesse dormido com Amber Um naquela noite. Nós todos teríamos memórias desagradáveis ​​de variadas partes do corpo.
Foi Amber 1 quem deu o alarme sobre Anna pela primeira vez. "Tem algo de errado nela", dizia. Achei que era apenas ciúme. Eu deveria ter escutado. A Amber 1 tem uma longa história de mentir com sucesso, e tem uma antena altamente refinada em sintonia com seu próprio povo. Seu aviso final para mim foi na manhã daquele dia fatídico, que abordaremos em breve, onde no caminho para a reunião crítica, ela me puxou de lado e disse: "Você vai fazer todos nós morrerem. A Anna é responsável por tudo isso. Sei disso como um fato. Faça algo agora antes que seja tarde demais. "
Era, infelizmente, tarde demais.
Tiffany foi a próxima. Ela comentou no início: "Eu passo mais tempo com ela do que qualquer uma e eu estou dizendo a você - ela está tramando algo ruim". Tiffany fez amizade com Anna desde o começo. É uma técnica competitiva que ela usa para avaliar mais facilmente os pontos fortes e fracos do seu oponente.
"Ela vai lhe causar sérios problemas. Só estou lhe dizendo. Você precisa se livrar dela", se tornou o mantra de Tiffany. Mais uma vez, eu achei que era ciúme. Tiffany manteve o controle de quantas horas por semana eu passava com todas, e me confronta com frequência sobre eu passar menos tempo com ela. Ela também "percebeu" que eu durmo mais perto da Anna quando nós três dormimos juntos:
Então o ciúme parecia ser a fonte óbvia das opiniões de Tiffany sobre Anna.
Betsy se limitou a dizer: "Eu não gosto dela". Marly disse: "Ela sorri demais".
Meus erros de julgamento foram monumentais. Eu deveria ter notado no momento em que a Amber 2 chegou. Ela era namorada de Arthur Young, o notório gangster da Cidade de Belize que foi baleado pela GSU no dia 23 de abril, ao tentar tirar um arma de seis oficiais corpulentos GSU enquanto suas mãos eram algemadas atrás das costas.
Amber 2 estava fugindo quando chegou. Ela tinha delatado Arthur por US$100.000 em dinheiro - pago pela GSU - então a gangue de Taylor Street que Arthur comandava colocou uma recompensa de US$50.000 pela cabeça dela. Além disso, a gangue rival de George Street, comandada por Pinky Tillett, colocou um alvo nela porque Arthur supostamente havia matado Pinky uma semana antes.
Gangues rivais aqui frequentemente têm como alvo as namoradas de líderes de gangues.
Em todo caso, ela estava temendo por sua vida, e correr para o "homem branco" parecia a aposta mais segura. Eu tive meus próprios desentendimentos com a GSU e fui, até agora, a única pessoa em dois anos a sair ileso. Eu tinha muitos seguranças e uma abundância de armas, e diziam que eu era amigável com os moradores ao redor. Ela apareceu e pediu proteção. Quando eu descobri que ela era uma das melhores cozinheiras em Belize, eu a deixei entrar. [O Cartunista] vai, com certeza, validar a minha avaliação da culinária dela. Ele, creio eu, se apaixonou um pouco por Amber 2.
A chegada de Amber 2 poderia ter sido contado como uma mulher extra. Mas ela havia sido recentemente solta da prisão, após esfaquear a namorada rival de Arthur sete vezes no rosto com uma tesoura de cabelo. Ainda com a mente em bom estado, eu decidi que dormir com a namorada de Arthur Young poderia desestabilizar um conjunto complexo de relações que já incluía, pelo menos, um psicopata. A discórdia é alta.
Amber 1 ameaçou Betsy mais de uma vez com uma faca, e alterna entre o amor e o ódio por Tiffany. Betsy ameaçou cortar minha garganta muitas vezes e já entrou em briga de puxões de cabelo com Jane em duas ocasiões. Tiffany mantém o controle de tudo e nos trata de forma passiva-agressiva para nos manter tristes. Marly invadiu meu quarto com uma arma enquanto eu estava dormindo com Anna e deu um tapa no rosto de Jane mais vezes do que eu posso contar. E Anna, bem, ela tentou várias vezes matar todos nós. Mas eu vou chegar a isso. Geralmente a discórdia é acalmada por uma viagem em grupo ao salão de beleza:
Mas nem o salão de beleza, nem seu aliado mais poderoso, o Final de Semana de Spa, poderia ter qualquer efeito sobre os eventos ocultos que se desenrolam sob a superfície desta família feliz.
Nick sabia dos eventos porque ele ajudou a montar a armadilha. Ele se tornou meu confidente e conselheiro em assuntos culturais neste país e eu passei a gostar dele, e até a confiar nele. Ele tem um olhar afiado para os gostos dos que o rodeavam, e seria natural para ele escolher o veneno.
E Anna sabia porque ela foi educada e preparada durante muitas semanas antes de ser apresentada a mim. Ela é irmã dos três bandidos mais durões em Orange Walk (algo que eu não sabia na época) e, desde que nasceu, ela presenciou incontáveis ​​horrores feitos a membros de gangues rivais, lavadores de dinheiro e outros infelizes que entraram em conflito com seus irmãos. Depois que a trama foi descoberta, ela me contou calmamente sobre ver seus irmãos cortarem os dedos de um lavador de dinheiro, e como isso a deixava entusiasmada. Ela também me disse que eles estavam planejando usar a mesma técnica em mim para eu revelar onde meu dinheiro estava escondido.
Amber 2 estava preparada para me encontrar também. Como namorada de Arthur Young, não precisamos nem mesmo adivinhar o que ela já testemunhou.
E Eric Swan sabia porque ele tinha as armas e os "soldados" que seriam utilizados para me pegar.
E James, o primo de Eric, sabia. Mas não por muito tempo. James foi morto duas semanas depois de nosso encontro, algo que conto na Parte II.
Um simples roubo e assassinato foram os motivos dessa trama, mas nas mentes dos autores os ganhos deveriam ser na casa dos milhões de dólares - assim, a preparação elaborada e com um  grande número de participantes. Mas por trás desses motivos simples havia segredos mais escuros, e é nesse âmbito que surgem as questões de paranoia.
Por que eu fui escolhido? Essa é a pergunta que surge mais frequentemente. Eu acredito que é porque eu sou o único gringo que mora em tempo integral em Orange Walk, e os moradores acham que eu sou ser notoriamente rico. Meu vizinho, A.P. Leonard, gosta de dizer que ele vive aqui há doze anos ou mais e não teve problemas. Na verdade, A.P. passa só três meses por ano em Belize - vindo uma semana a cada mês - e pela duração de suas visitas, ele permanece bloqueado atrás de uma parede de pedra com 4 metros de altura. Eu morei em Orange Walk por dois anos antes de saber que alguém morava no terreno à frente. Eu, por outro lado, estou aqui em tempo integral e eu deixo tudo exposto.
Mas a Parte Dois vai abordar estas questões em detalhe. Ela vai apresentar um assassino de aluguel chamado Mac-10 - antes um inimigo, e agora amigo e um participante fundamental da história. Para os dois outros membros da [omitido] que o conhecem, ele foi atacado há dois dias em Dangriga por um homem com uma marreta e abandonado para morrer. Ele está em estado crítico.

Fonte: MSN Tecnologia


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

MPF/SP quer excluir expressão “Deus seja louvado” das cédulas de reais

Ação defende liberdade religiosa e direito das minorias; frase deverá ser retirada das cédulas impressas após a decisão judicial

 A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, órgão do Ministério Público Fedeal, pediu à Justiça Federal que determine a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de reais. A medida não gerará gastos aos cofres públicos já que, em caráter liminar, a ação pede que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase.

Um dos principais argumentos utilizados pela ação é o de que o Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa. Além disso, são lembrados princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias para reforçar a tese de que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras.

No ano passado, a PRDC recebeu uma representação questionando a permanência da frase nas cédulas de reais. Durante a fase de inquérito, a Casa da Moeda informou à PRDC que cabe privativamente ao Banco Central (Bacen) “não apenas a emissão propriamente dita, como também a definição das características técnicas e artísticas” das cédulas. Para o Bacen, o fundamento legal para a existência da expressão “Deus seja louvado” nas cédulas é o preâmbulo da Constituição, que afirma que ela foi promulgada “sob a proteção de Deus”.

Nota técnica divulgada pelo Ministério da Fazenda informou à PRDC que a inclusão da expressão religiosa nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação direta do então presidente da República, José Sarney. Posteriormente, em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos.

O procurador regional dos direitos do cidadão Jefferson Aparecido Dias lembrou que não existe lei autorizando a inclusão da expressão religiosa nas cédulas brasileiras. “Não se pode admitir que a inclusão de qualquer frase nas cédulas brasileiras se dê por ato discricionário, seja do presidente da República, seja do ministro da Fazenda”, afirmou. “Mesmo a Lei 4.595/64, ao atribuir ao Conselho Monetário Nacional a competência para 'determinar as características gerais das cédulas e das moedas' não o autorizou a manifestar predileção por esta ou aquela religião”, apontou o procurador.

Para Dias, o principal objetivo da ação é proteger a “liberdade religiosa de todos os cidadãos”. Ele reconhece que a maioria da população professa religiões de origem cristã (católicos e evangélicos), mas lembra que “o Brasil optou por ser um Estado laico” e, portanto, tem o dever de proteger todas as manifestações religiosas, sem tomar partido de nenhuma delas.

“Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: 'Alá seja louvado', 'Buda seja louvado', 'Salve Oxossi', 'Salve Lord Ganesha', 'Deus Não existe'. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”, diz um trecho da ação. Para Dias, o fato de os cristãos serem maioria “não justifica a continuidade das violações aos direitos fundamentais dos brasileiros não crentes em Deus”.

Além da referência religiosa nas cédulas, o procurador lembrou que muitas repartições públicas mantêm crucifixos em locais de atendimento ao público. “Quando o Estado ostenta um símbolo religioso ou adota uma expressão verbal em sua moeda, declara sua predileção pela religião que o símbolo ou a frase representam, o que resulta na discriminação das demais religiões professadas no Brasil”.

A ação também pede à Justiça Federal que estipule multa diária de R$ 1,00 caso a União não cumpra a decisão de retirar a expressão religiosa das cédulas. A multa teria caráter simbólico, “apenas para servir como uma espécie de contador do desrespeito que poderá ser demonstrado pela ré, não só pela decisão judicial, mas também pelas pessoas por ela beneficiadas”.

Clique aqui para ler a íntegra da Ação Civil Pública nº 00119890-16.2012.4.03.6100 


Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em São Paulo

Filmes que parecem para criança, mas não são

"Paiê, quero ver Ted! Me leva, vai?", pede ao pai o pequeno Juan. "Filme de ursinho, deve ser bonitinho", pensa o pai. Animados, lá vão os dois para o cinema. Pipoca, refrigerante, bala, chocolate, tudo pronto. Quando o longa começa, um escândalo. Drogas, bebidas alcoólicas e cenas impróprias para menores. Foi o que aconteceu com o deputado federal e pai Protógenes Queiroz (PC do B), que levou o filho de 11 anos para ver Ted, do diretor Seth McFarlane, o mesmo do desenho Uma Família da Pesada. A revolta foi tanta que o deputado pediu ao Ministério da Justiça para mudar a classificação etária de 16 anos para 18 anos. É, parecia um filme inofensivo, de criança, com um ursinho fofo, mas não era. E já aconteceu antes! 

 Vamos relembrar de alguns filmes que parecem de criança, mas, na verdade, têm temática adulta: 

Radio Flyer (Estados Unidos, 1992) 
Diretor: Richard Donner.
Por que o filme parece ser infantil? Do mesmo diretor de Os Goonies, parece uma história bacana de aventuras de dois irmãos, Mike e Bob, vividos por Elijah Wood e Joseph Mazello, respectivamente.
Qual é a verdadeira história dele? Com narração em primeira pessoa de Mike adulto (Tom Hanks), a história verdadeira é a de dois irmãos que lutam contra os abusos físicos e sexuais do padrasto alcoólatra. 

Uma cilada para Roger Rabbit (Estados Unidos, 1988) 
Diretor: Robert Zemeckis
Por que o filme parece ser infantil? Um desenho animado de um coelho meio malucão e engraçadinho, com uma trama de aventura meio policial.
Qual é a verdadeira história dele? O coelho Roger Rabbit suspeita da fidelidade de sua mulher, a sensual Jessica. Então, contrata o detetive Eddie Valiant, vivido por Bob Hoskins, para investigá-la. As coisas se complicam quando Marvin Acme, o possível amante de Jessica, é encontrado morto e Roger vira o suspeito. Infidelidade, assassinato, insinuações sexuais. Não tem cara de filme para criança, né? 

Howard, o Super-herói (Estados Unidos, 1986) 
Diretor: Willard Huyck
Por que o filme parece ser infantil? Baseado em uma história em quadrinhos, fala sobre Howard, um pato engraçado e feliz que vive em outro planeta, mas é trazido para a Terra por causa de um raio. Na Terra, ele conhece Beverly Switzler, que se torna sua única amiga.
Qual é a verdadeira história dele? Howard tem características de adulto, bebe cerveja e é um voyeur compulsivo. A amizade com Beverly vira namoro, inclusive com cenas que insinuam relações sexuais. Já no trailer do filme, ela aparece de calcinha. 

Mundo proibido (Estados Unidos, 1992) 
Diretor: Ralph Bakshi
Por que o filme parece ser infantil? Na mesma linha de Uma cilada para Roger Rabbit, mistura cenas de animação com atores reais e dá ideia de ser apropriado para crianças.
Qual é a verdadeira história dele? A verdadeira história é que a sexy Holli, criação do desenhista Jack Deebs (Gabriel Byrne), seduz e leva seu criador a um mundo paralelo, em que os desenhos têm vida própria. O objetivo da dançarina é ter relações sexuais com Deebs para que ela se torne humana e possa fugir para o mundo real. 

Papai Noel às avessas (Estados Unidos, 2003) 
Diretor: Terry Zwigoff
Por que o filme parece ser infantil? História de Natal, com Papai Noel, um garoto gordinho simpático que acredita no bom velhinho, espírito natalino...
Qual é a verdadeira história dele? Na prática, o bom velhinho é Willie, interpretado por Billy Bob Thornton, um golpista alcoólatra que rouba shoppings na época do natal, junto com seu ajudante, Marcus. Mas Willie se redime depois que um garotinho gordinho senta em seu colo para fazer o pedido de Natal. Ele se sensibiliza com a história do garoto, que vive com a avó. A mensagem bonita no final não apaga todas as cenas de sexo e uso de álcool e drogas do roteiro. Uma ótima comédia para adultos, mas não é recomendável para crianças. 


 Fonte: Yahoo!